sexta-feira, 30 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

sábado, 24 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Por estes dias ...ando assim!

Ando num frenesim de emoções e acontecimentos em torno do assunto "mudança de casa".
A Gracinha Viterbo que há dentro de mim, anda num corrupio interior que chego mesmo a sonhar com as cores das paredes da sala e a junção do papel de parede do quarto com a tonalidade do novo sommier e que tal ficará o novo candeeiro sobre a mesa de jantar. É nestas ocasiões em que fico seriamente a pensar que poderia ter ido perfeitamente para o IADE tirar decoração de interiores que não tinha vindo mal nenhum ao mundo e não iria chocar ninguem.
É igualmente nestas alturas que se apodera de mim, a certeza, há muito sabida e agora confirmada que sou péssima para tratar de burocracias e de papeladas. Para ser sincera, ainda estou incrédula comigo mesma, pela forma eficiente como consegui tratar da transferência de contrato da luz e do gás, por telefone e internet. Só a malta do SMAS de Oeiras é que é menos "prafrentex" e tem de ser no regime pessoalmente.
Estou ao rubro em termos de emoções sentidas. Se por um lado a visionária futurística que me caracteriza já anda a sonhar com o amanhã e a projectar o futuro imediatamente após o depois de amanhã, a outra que também tenho dentro de mim, a saudosista, a nostálgica e agarrada às memórias, ligada aos vários passados dos passados, entra naquele esquema de cada vez que faz uma limpeza ao "entulho" acumulado encontra sempre uma agradável memória que a faz ficar com o os olhos humedecidos. Foi hoje o caso, primeiro com um desenho meu ,feito aos 6 anos e depois com uma moleskine que não era minha, mas que me foi deixada, por alguem, como memória, de outras memórias marroquinas.
O momento da entrega da chave pela, agora ex-proprietária daquele simpático T2 com varanda sobre o mar, foi no mínimo hilariante. Estavamos ambas bem dispostas, ainda que cansadas,mas nunca pensei que a senhora em causa pudesse simular um teatrinho como aquele em que alinhei.
Soube-me mesmo bem, despedir-me dela à porta e ouvi-la dizer-me enquanto entrava para o elevador que me deseja que eu ali seja tão feliz como ela o foi. Ao que parece a casa tem optimas vibrações, boa energia e uma luminosidade incrível! Eu que nem sou nada dada a feng shui talvez vá seguir algumas coisas desta arte. Sou tão mais básica nestas ideias. Só me lembro de ter dado uma enorme passada com o pé direito quando avistei o limiar do corredor e a entrada no hall propriamente dita. E isso já me chegou como ritual.
Foi emocionante ficar ali 5 minutos calada, sozinha na sala e logo de seguida na varanda a contemplar o que havia finalmente tanto desejado e do quão trabalhoso que foi encontrar o "amor à segunda vista sob a forma de apartamento". Senti vontade de gritar o que outrora já o tive de fazer numa outra varanda por sinal próxima daquela, mas achei que não deveria usar o mesmo grito, então mudei de "... .... ... ...." para " Casa nova, vida nova!" e inspirei o ar que naquela altura de fim de dia a brisa atirava suavemente.
Senti-me sozinha, uma vez mais! Preferia mil vezes estar a fazer aquilo com a "tal companhia" que um dia sei que chegará. É custoso, no mínimo, saber que se tem um mundo para partilhar e não o poder fazer. Dói continuar a caminhada da vida sozinha, sem ter aquele aconchego mais especial no coração. Mas tenho-o de uma outra forma tão preciosa, através do amor incondicional da minha mãe, do meu pai e do meu irmão! Ao que me ocorre uma vez mais dizer:
Obrigada por tudo! Se nao fossem voces não seria possível estar a concretizar , agora, este sonho de comprar a minha casa!
Vou voltar para os meus pensamentos decorativos e para as inquietudes que estão inerente a um processo de mudança...seja ela de que ordem for!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ida ao WC ...

Numa das minhas muitas idas ao WC feminino do edifício onde trabalho, não porque ande a beber litradas de água como se não houvesse amanhã mais H2O na torneira, mas porque os comprimidos naturais de laranja amarga que ando a tomar têm efeitos diuréticos, encontrei-me com a minha fã nº 1 deste edifício. Claro está, a financeira da Tunisair, responsável pela saga da boneca, outrora publicada neste blog.
Coitada, estava para lá de pálida, com um ar debilitado, muito mal encarada e tristonha.
Perguntei-lhe simpaticamente, como é meu costume, "como está?"
Ao que me responde, que estava a sentir-se muito mal, que só tinha dormido 3 horas, pois encontrava-se doente com uma gastroenterite viral desgraçada!
Eu devo ter feito aquele meu olhar arregalado, ali no limiar da compaixão e do "credo!" .
Ao que me diz logo de seguida, assim de rajada: "tenha cuidado é que anda por aí uma gastroenterite viral muito forte".
Uiu o que ela me foi dizer!
Fiquei a ouvir de onde vinha o barulho da ainda descarga do autoculismo efectuada pela dita cuja para não me dirigir à sanita em causa, numa tentativa de evitar o contacto com o virus.
Não! não é que seja hipocondriaca! Aliás estou muitíssimo melhor nesse campo, mas não posso deixar de admitir que sou sugestionável a estes estados.
Já sei o que me espera esta tarde...pensamentos em torno da possível hipotética gastroenterite que poderá andar aqui a pairar no ar ... mim não por favor...sr virus gastro xou xou aqui não, please!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Hoje é o dia ...

...de receber a chave da minha CASA!!!!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tenho saudades minhas ...

...de quando tinha esta idade!

Foi o que me ocorreu quando encontrei esta fotografia, no meio de inúmeras que guardo numa caixa baú, assim às três pancadas...que vou aproveitar para arrumar agora que começo a encaixotar as minhas coisinhas para a tão esperada e desejada: mudança de casa!

Fica o suspiro no ar...ao olhar para esta menina bebézinha e saber que fui assim tão querida e superfofinha um dia na minha vida!

domingo, 18 de abril de 2010

O que sempre soube das mulheres, mas tive à mesma de perguntar - por Rui Zink

Recebi este mail há uns dias e achei engraçado. Gosto do Rui Zink, é desconcertante e tão lunático.

Aqui vai...para mulheres...e homens inteligentes...

« Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem.Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho.Escrevem que se desunham.Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las.Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores.São superiores.Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos.Perdoam facilmente, mas nunca esquecem.Bebem cicuta ao pequeno almoço e destilam mel ao jantar.Têm uma capacidade de entrega que até dói.São optimas mães, até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte.Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante.São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!)por esse acto de vontade tornam-se mesmo inocentes.Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem.Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo.Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens.São tramadas.Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca.A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos- elas quando jogam é para ganhar. E é tudo.Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco.»

sábado, 17 de abril de 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Desconto de tempo ...




Exausta!

Triste!

Decepcionada!

Cansada!

Indignada!

Revoltada!

Incrédula!

Magoada!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tiago Bettencourt - Só mais uma volta



Só mais uma volta
Só mais uma volta a mim
Só mais uma volta desta ninguém vai cair
Só mais uma vez que vês que ninguém está aqui
Queres só mais uma volta desta ninguém vai cair

Tempo frio afasta o tempo que nos afastou
Primavera lança o laço que nos amarrou
Tempo quente dá vontade de não resistir
Vai só mais uma volta desta ninguém vai cair

E ainda te sinto a seguir o rasto que deixo a correr
Ainda penso em ti... pensa em mim, mas só mais uma vez.

Diz-me ao que queres jogar que eu vou querer também
Diz-me quanto queres de mim para te sentires bem
Não te vejo bem ao longe não sei distinguir
Queres só mais uma volta e desta ninguém vai cair

Ainda te sinto a seguir o rasto que deixo a correr
Ainda penso em ti... pensa em mim, mas só mais uma vez.

Diz-me quanto tens de honesto quanto tens de bom
Diz-me quantas provas queres diz-me quanto sou
Já não sinto nada dentro não sei perceber...
Vai só mais uma volta, desta ninguém vai dizer.

Ainda te sinto a seguir o rasto que deixo a correr
Ainda penso em ti... pensa em mim, mas só mais uma vez.

Step by Step ...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Hoje é o Dia Internacional do Beijo



Para ti ... um chuack repleto de saudades!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ontem ...



Esta malta pequena são os novos moradores do "Casal da Aroeira", a minha casa de campo, o refúgio da família na Serra da Arrábida.
Estão a habitar este simpático T1, algures entre o candeeiro da porta de fora da cozinha e a junção de madeira que prefaz o tecto falso do alpendre. E a julgar pela fotografia parece-me que estão bem, aninhadinhos pelo menos, pois apesar da Primavera ter vindo em todo o seu esplendor, os pequeninos ainda têm poucas penas para cobrir os seus corpos frágeis e delgados.
São manos e mais que isso, são quadrigémeos!
O mais bonito de tudo é assistir aos voos da mãe para os alimentar e dos barulhinhos que os ditos cujos fazem ao reclamar por mais alimento.

E se soubessem o que esta realiadade aguça o meu instinto maternal...sei que tambem eu, um dia, terei as "minhas crias"...e que tamanha felicidade vai ser!

domingo, 11 de abril de 2010

O tempo é de espera ...




Preciso piamente de acreditar que não há esperas vãs e perdidas,neste caso em concreto.
Sei que o tempo é de espera e saberei esperar que o tempo passe e se encarregue de fazer a sua parte.
Farei a minha, conforme prometido.
Saberei "ludibriar-me" em momentos de maior angústia e sei que hei de acordar um dia, sem esta tristeza que agora trago no peito.
Continuo a viver num emarenhado de emoções, são novelos e mais novelos todos juntos numa enorme cesta, e estou sem esperança de se lhes apanhar o fio à meada.
Estou incrédula com tudo isto. Sabes, ás vezes até me belisco só para ter a certeza que estou acordada.
Não sei o que pensas, quanto mais o que sentes ou o que não sentes.
Genuinamente aquilo de que tenho mais medo é de que a vida nos afaste completamente um do outro, que o laço que nos une quebre e que a magia,a empatia, a amizade e o companheirismo, que um dia existiu entre nós, se dissipe para sempre. É por isso que continuo a investir em ti!...numa tentativa vã de nos mantermos vivos!
Não vou mais investir, nem insistir!
Vou confiar na tua inteligência emocional e dizer-te que deste lado está alguém que te adora e que quer encontrar-se contigo nas cores do arco íris da amizade.

sábado, 10 de abril de 2010

Extremidades ...



Gosto das minhas extremidades!
Apetece-me expressar este louvor a mim própria.
Neste momento turbulento, de angústia e tristeza que se apoderou de mim, preciso de dar estes pequenos mimos a mim própria. Porque não enaltecer pequenos pormenores, como as minhas extremidades?!
Modéstia à parte, acho que tenho umas mãos e uns pés bonitos! Gosto muito das minhas mãos e dos meus pés! Acho que tenho umas mãos bonitas, são cuidadosas, ternas, reparadoras e carregadas de sentimento...acho-as intensas e envolventes. Já os pés, são queridos, proporcionais, bem arranjados, elegantes, sensíveis e têm uma particularidade estão sempre gelados.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Aquisição de última hora!



Particularidades:
* são da ALDO.
* são lindas, especialmente calçadas.
* fazem-me a perna mais magra e mais longa.
* são castanho camel.
* são confortáveis.
* e ...

TAPAM-ME AS TATUAGENS! (factor muito importante a ter em conta para quem trabalha em Recursos Humanos numa multinacional...há que ter alguma contenção na exibição de tatuagens).

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Strawberry Cheese Cake - Haagen Dazs



E lá terá que ser, vou ter que me afogar literalmente neste balde...será que afogo as mágoas, a angústia que trago no peito e as dores de cabeça que já vão no 4º dia consecutivo??? ... é que se ajudar, como dois baldes e de uma enfiada só!

Sexy ...


A temática por vezes surge à baila, especialmente nas conversas com as girls. Sim, porque é muito mais uma coisa de "gaja" falar de lingerie do que propriamente ouvir homens a falar da suavidade que sentem quando têm uns boxers de algodão, ao invés de andarem com a zona "recriativa" assim mais para o à vontadinha, leia-se a abanaricar, quando trazer vestidos uns daqueles boxers de tecido e padrão normalmente, às riscas ou aos quadradinhos.
Desta vez, falava-se de lingerie sexy e de conjuntinhos ultra mega sensuais que tantas vezes as mulheres gostam de usar e onde gastam balurdios para se sentirem sexys. Primeira discórdia em ordem na mesa, sentir-se sexy para mim não tem nada a ver com questões de lingerie e do tipo que a dita cuja assume. Claro está que não levo a coisa ao extremo e não me sinto propriamente sensual enfiada numa cueca branca de gola alta, mas também não preciso da lingerie vermelha em cetim e rendas atrás de rendas para me sentir sensual. Acima de tudo, esse estado de sensualidade inerente ao ser humano tem uma causa interior e não manifestamente uma atribuição externa só pelo simples facto de se estar a usar isto ou aquilo. É como os saltos altos. Claro que me sinto mais sensual quando estou empoleirada numas bonitas sandálias de salto alto ou de cunha, mas também já me senti muito sensual de havaianas ou descalça. Tem tudo a ver com uma questão de essência e especialmente por quem potencializa esse estado em nós...em que companhia estamos naquele cenário em particular.
E mais, a vez que me senti mais sensual em toda a minha vida, e não foi há muito tempo, tinha apenas vestido sob o meu corpo uma sweat shirt da GAP masculina que me ficava grande verde oliva e capuz e umas cuecas asa delta pretas de algodão...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

E esta também é simplesmente linda ... tens que largar a mão!

Confesso que sou fascinada pelo Tiago Bettencourt!!!


terça-feira, 6 de abril de 2010

Estou triste...



Por tempo indeterminado ...

sábado, 3 de abril de 2010

Medos...


Quando pensamos em medos, inevitavelmente atribuímos desde logo uma conotação negativa. Ter medo de isto ou daquilo é muitas vezes uma barreira que nos impossibilita de dar o tal passo para atravessar a fronteira, como se fossemos um foragido em fuga permanente da autoridade que nos quer caçar, ficávamos assim engaiolados e nós claro, sentimos medo de estar presos. Então, medo por medo, optamos pela fuga pois mais vale esse medo do que o outro que nos asfixia e nos sufoca.
Ás vezes olho para as relações afectivas e em muitas delas também estão submersos muitos medos. Há pessoas que têm medo de vivênciar os afectos e as emoções que estão subjacentes ao fim de uma relação, como tal, optam por nem sequer chegar a vivê-la, evitando o medo de um fim que desde logo está anunciado. Há quem dê desculpas para não admitir os seus medos, arranje falsas justificações ou estratégias muito pouco convincentes, e que acham serem capazes de enfiar o barrete, aos outros, com a mesma facilidade com que o fazem consigo próprios.
Neste campo eu tenho medo de nunca vir a ser verdadeiramente amada, por quem eu ame incondicionalmente...até porque tenho medo de nunca conseguir vir a atingir esse estado. Tenho medo de lamentar profundamente que nunca chegue essa luz incondicional que fará alguém segui-la até junto de mim. Mas apesar de ter medo, não tenho medo de viver incondicionalmente a vida emocional, apesar de não gostar da ferida, da ressaca emocional não deixo que o meu medo me impeça de viver a plenitude de um amor. E até porque sei que são essas feridas e essas ressacas que me fazem amadurecer.
Sei que o medo aparentemente pode ser atenuado ou mesmo suprimido se percepcionarmos as coisas de uma forma diferente, isto é, a forma como percepcionamos e interpretamos as coisas em certa parte é o cerne da questão, fazendo desenrolar todo um processo que pode ter este ou aquele caminho. Mas se olhar para os meus medos como desafios e não como ameaças decerto que terei menos medo, e não me venham dizer que não gostam de desafios! Todos nós gostamos de nos superar.
Também há os medos rotulados de superficiais ou banais, mas que não devem ser de todo subestimados, porque de facto causam um enorme transtorno psíquico a quem sofre por eles, como: andar de avião, aranhas, locais fechados, elevadores, alturas, dormir no escuro,conduzir à noite...
Eu tenho alguns medos mais profundos, digamos que aqueles mais superficiais e comuns não tenho, não me considero uma pessoa medrosa, mas não vejo nisso um motivo de orgulho, é simplesmente uma componente minha, mais uma, que eu aceito!
Mas tenho medo de ser só mais uma gota num oceano imenso, mais uma partícula que existe no ar, mais um sopro que sopra assim só de rajada, fugaz, incrivelmente passageiro sem deixar rasto, como que se despenteasse alguém, mas passados uns segundos já estaria de novo com o seu penteado "xpto" e nem sequer se lembrava do que tinha acontecido. Tenho medo de não deixar lembranças, medo de não ter presença, medo que de facto passem bem sem mim e que a minha passagem pelas suas vidas acrescentou muito pouco ou nada. Tenho medo de não ter impacto nos outros, naqueles em quem eu quero realmente ter e medo de ser constantemente subestimada por quem eu mais quero que me enalteça (eu própria)! Tenho medo do vazio, daquele vazio atroz, desprovido de ...nada! Medo de viver e ter pouco para contar aos meus netos. Medo de folhear o meu álbum de vida e ter meia dúzia de fotos, amareladas, incompletas e pouco nítidas. Tenho medo de gritar bem alto as minhas emoções, sentimentos e ouvir apenas e só do outro lado o meu eco. Quero ouvir mais do que um eco. Tenho medo de parar no tempo e ficar sentada constantemente a analisar retratos do meu passado.
Tenho medo que se fartem de mim, que eu esgote a paciência de quem menos quero esgotar. De sentir que alguém sente repulsa de mim. Tenho medo de que não gostem de estar na minha companhia, que não apreciem o meu mundo interior, tenho medo da rejeição. Tenho medo da dor, não da física, mas da dor que causa sofrimento, mágoa e desilusão a alguém que me seja muito especial. Medo que não me perdoem, que não sejam compreensivos comigo, que concluam tudo assim de uma só vez sem ponderar os motivos que me levaram a reagir ou a estar assim. Tenho medo de pessoas intransigentes para comigo, que me anulem, que não me dêem uma segunda hipótese e me "despeçam" da suas vidas!

Enquanto isso e para enfatizar a coisa, vou olhando para a tatuagem que tenho no pé direito e dizendo em voz baixa interior para mim mesma: IO NON HO PAURA!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1 de Abril

Acordei com vontade de fazer mais uma hora extra de sono. A cama que ocupo por inteiro, ainda que seja de casal, mas que apenas acolhe o meu corpo estava convidativa a permanecer imóvel envolvida pelos meus lençois de flanela e os meus múltiplos pensamentos habituais. Pareceu-me domingo, não havia o habitual frenezim na rua e o elevador do prédio estava bastante mais sossegado que o costume. Só me lembrei que era quinda feira, o dia de receber a Albertina, a minha querida ajudante que me tem mantido o T1 em aprumo e limpeza, mas de quem este mês vou dizer "adeus" pois em breve vou mudar-me e serei eu própria a governanta do fantástico T2 que me espera em jeito de varanda aberta para o "mundo" e para o mar.
Acedi ao televisor que tenho em casa e logo de rajada pensei:ora ai está a primeira mentira do dia! O Saviola é obrigado a parar 3 semanas devido a uma fissura no primeiro metatarso do pé esquerdo! Ohhh... isto não pôde acontecer, quando falta apenas 1 mês para terminar o campeonato e já só me imagino ir festejar para o estádio e dedicar este título ao meu avô João!
Mas ao que parece não é mentirinha nenhuma da comunicação social e o rapaz está mesmo lesionado.
Aproveito o dia das mentiras, para expressar o meu manifesto anti-não verdades!Sou pela verdade acima de tudo, sempre o fui e sempre o serei. Não digo que volta e meia não pregue uma mentirinha aqui ou outra acolá, mas é mais para justificar os meus atrasos matinais ou descartar-me de alguns eventos aos quais não estaria com vontadinha nenhuma de ir. Quanto ao resto sou muitíssimo verdadeira, leal, frontal e confiável.
Poderia hoje aproveitar este dia e descarregar aqui o gatilho e dizer uma série de verdades só para ser diferente dos que hoje em especial passam o dia a pregar mentiras inocentes e outras talvez nem por isso, mas ao invés disso fecho-me em copas até porque estou sem pilhas de força ânimica alcalina para expressar, como é meu hábito, tudo o que sinto e de peito aberto.