domingo, 28 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

AbAiXo Os DoIs NoMeS pRóPrIoS !!

Nunca antes tivera tal pretensão em querer ascender a uma posição de topo em termos profissionais, mas tenho para comigo, que quando chegar a Primeira Ministra deste Portugal, à beira mar plantado, o primeiro referendo a levar a cabo é:
- Abolição de dois nomes próprios para os próximos rebentos deste mundo e a oportunidade de os nascidos a partir de 1970 o possam fazer por sua livre e espontânea vontade, que é o mesmo que dizer: podem escolher ficar com apenas UM dos seus nomes de baptismo, que é igualmente o mesmo que dizer, de registo.
Tenho a certeza de que estarei no poder por tempo indefinido e sempre com maioria absoluta, mais que não seja graças ao eleitorado que antes de eu ter chegado a PM tinham os seguintes nomes:
Soraia Cristina; Patrícia Raquel; Jessica Andreia; Cláudia Sofia; Vanessa Andreia; Carla Filipa; Sandra Cristina; Sónia Andreia; Carina Cláudia; Marisa Alexandra; Vera Sofia; Sílvia Isabel; Mónica Sofia; Cátia Andreia; Liliana Mafalda; Alexandra Leonor; Rebeca Filipa; Rute Cristina; Cátia Vanessa; Marlene Patrícia; Fábio Alexandre; Rúben André; Sérgio Jorge; Vítor Carlos; Paulo Rúben; Ivo Leandro; Igor Alexandre; Carlos José; Emanuel Pedro; Marco André; Alexandre Paulo, Miguel Angelo; Flávio Alexandre; Cláudio Miguel, Paulo Fernando, ...
Será que se nota muito que estou a fazer triagem currícular???

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Refúgio de Campo


Hoje acordei sem espernear com o telemóvel, versão despertador, pois estava envolta numa paz de alma, que me conferia a capacidade de sentir-me leve e afagada sobre mim mesma, abraçada por uma melodia ténue e que permitia que o meu abraço para com a minha almofada soasse quase à sensação de estar a abraçar o mundo sem o abraçar...apenas a contê-lo sobre o meu peito.
Despertei-me calmamente, como se ainda estivesse mergulhada naquele mar de repouso que sempre sinto, quando acordo no meu refúgio de campo.
Foi quase um fim de semana perfeito.
Adoro o amanhecer da serra da Arrábida. Do meu quarto vejo uma enorme encosta esculpida pelas rochas de onde sobressaem árvores de verdes imensos e vegetações protegidas e de onde em jeito tímido se vêem sair das tocas coelhos selvagens de passadas ágeis e fugídias em noites de luas que emanam clariadades cintilantes das estrelas residentes.
Gosto de poder ter a certeza de que sempre que me refugio naquele lugar encontro aquilo que já tenho, mas que ali ganha outra cor, outro cheiro e outro sentir: Paz! É para isso que existem os refúgios para mergulharmos sem sentir a profundidade das idas e sem divagar por estre as estadas dos nadas. Foi isso que fiz no fim de semana. Deixei para trás, em Lisboa, tudo quanto fosse despojos de fragmentos passados de uma semana profissional algo desgastante e enchi-me de inspirações repletas de tranquilidade.
Sentir o cheiro das coisas. O vento forte e rebelde nos cabelos. Sentir o cheiro da relva acabada de aparar e até mesmo dos troncos secos que haveriam de servir de alimento à salamandra amiga que me aqueceu enquanto estive perto. Uma conversa a dois, interessantíssima e totolmente inesperada...nada distante, ainda que ela exista! O almoço e o jantar a quatro. A nostalgia que mora paredes meias com a sala de estar. O olhar de soslaio para a horta e o avivar da memória de que o meu avô João, ainda ali estaria a regar. As galinhas ainda estão a pôr ovos, boas notícias para os olhos que também comem o pão de ló, amarelinho e a fomegar de vontade de ser desflorado.O som dos múltiplos piares resplandescentes de singularidades que os destinguem dos demais. O Sancho a correr por entre os vales. A vontade de permanecer imóvel simplesmente a contemplar. A vontade cumprida de ficar acordada na ronha, a pensar em tudo e em nada, por tempo pouco ou nada determinado, apenas satisfazendo as vontades. Não ter que ir a lado nenhum. Não ter uma fila de trânsito para enfrentar. Ficar apenas a admirar a paisagem da janela do meu quarto...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Palmas para a CGD!

Yupieee!!! O santo padroeiro dos empréstimos bancários ouviu as minhas preces e as dos que me querem bem!

Recebi hoje, a confirmação de que foi aprovado o empréstimo para a compra do meu pequeno T2, com vista para o mar!
Next step, assinatura do contrato de promessa compra e venda! ;)

Banco é Caixa!

Obrigadaaa!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

21 Grams



Acabo de rever, uma vez mais, um dos meus filmes favoritos...21 gramas.

Sean Penn, simplesmente genial.
Benício del Toro, magnífico.
Naomi Watts, uma talentosa actriz.

Na realização, Alejandro González Iñarritu, um génio!

Momentos inesquecíveis!


Praia da Baía das Gatas - S. Vicente - Cabo Verde 2006

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Almas gémeas, cúmplices, companheiras!

O post de hoje é um hino ao amor!
Aproveitando o dia de S. Valentim para o dedicar às minhas almas gémeas, cúmplices e companheiras, pois para mim a amizade é uma forma de amor.
Como as setas do cúpido estão com a pontaria desafinada aqui para os meus lados, partilho e dedico o meu amor incondicional sob a forma de amizade, às quatro pessoas que ocupam esse lugar o meu coração. São os quatro minhas almas gémeas, minhas almas cúmplices, minhas almas companheiras e minhas almas confidentes.Com todos eles tenho uma amizade incondicionional, pura e eternamente eterna. Adoro-os incondicionalmente!
Este post, e o dia em que celebra o amor, é dedicado a:
. Marta M
. Susana L
. Rui C
. João R
Um beijinho à Sofia e Teresa pela excelente companhia no dia de hoje. Foi deveras um dia bem passado, com o almoço algures num simpático restaurante na vila de Paço de Arcos, precedido de uma ida ao cinema. Simplesmente genial "Whatever works"- Tudo pode dar certo. Woody Allen de regresso no seu melhor (tinhas razão João)!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Música e mais qualquer coisa...

Tenho-me enchido de música como terapia para enganar o "modo silêncio" que o momento assim o exije e para contrariar as vontades que me assaltam a cada 5 minutos e me fazem ficar a olhar para o telemóvel num mano a mano comigo própria. É a chamada batalha do "ligo-lhe" / "não lhe ligo". A vontade é a de lhe falar pelos cotovelos, sem que do outro lado alguem me diga que a cassete está prestes a chegar ao fim e ouvir que « só te liguei para saber se estás bem».
Como tal, a minha última "vítima" chama-se Carminho e é para mim uma fadista dos quatro costados e ontem deu um concerto super, hiper, mega privado na minha sala e rejubilei de satisfação por a ter descoberto, timidamente na Fnac com uma etiqueta a dizer: "preço verde: 9.95 €".
Foi igualmente na Fnac, ontem pela tardinha da tarde, que tive um encontro imdiato do 2ª grau com esse grande imitador internacional que consegue numa fracção de segundos passar da imitação da Tina Turner para a imitação do Frank Sinatra...só queria mesmo era poder lançar-lhe o desafio, de um dia conseguir a proeza de imitar o Tony Carreira e no minuto seguinte o Jorge Palma, isso é que ia ser para além de extraordinário! Voltando ao essencial, o tal imitador não sabe, mas foi ele o responsável pelo facto de eu ter deixado o alcool, que é a mesma coisa que dizer, de ter deixado de dar no Pisang Ambon ora com laranja, ora com ananás (não fosse eu enjoar-me!!!) na medida máxima de 4 copos do dito cujo numa noite. Isto aconteceu há uns 5 anos (sim desde então sou abstémia, com muito orgulho!) e digamos que ao 4º pisang ambom o meu organismo reagia como se eu tivesse bebido uma grade de minis ou uma garrafa inteira de vodka e manifestava-se de uma forma mais destemida e exuberante do que o normal. Foi numa dessas noites em que a Sakira que havia em mim, e já está de pantufas e pijama dentro de mim há bastante tempo, resolveu em plena Casa do Castelo, presentear o tal imitador (que nem consigo dizer o nome, por vergonha) com uma dança entre o sensual e o descompensado. E foi assim que no dia seguinte e após ter atirado borda fora algo que veio do meu interior, e na altura estava convencida ser a bilís e só depois me "gritaram" ser o dito cujo pisang ambon, qual nectar dos Deuses, que me tornei numa fã acérrima da água do Luso.
Ontem quando dei de caras, com o tal imitador, na Fnac o "despaçarado" nem sei porquê não me conheceu, percebi ao olhar para as sombrancelhas arranjadas e para aquela imitação de barba delineada à Prince que ter deixado o alcool foi deveras uma decisão do mais acertada que há em memória.
Voltando à música vou fazendo os meus projectos futuros e em agenda já estão a comparência este ano em 2 concertos que não vou perder:
- Nouvelle Vague (em março no Olga Cadaval)
e
-Pearl Jam (em julho, no Optimus Alive)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CUIDÁNDOTE - BEBE




Cuidándote

Despacito cuando tu dormias
ella te hablaba, te preguntaba, te protegía.

Ella prometio darte todo
pero solo pudo darte lo que tuvo
Y para ti lo mas hermoso
era amanecer junto a sus ojos
iluminando el mundo

Pero los pajaros no pueden ser enjaulados
porque ellos son del cielo, ellos son del aire
Y su amor es demasiado grande para guardarlo

Volaste alrededor de la luna con ella
le pediste que nunca se fuera
y ella respondio:
"Mi amor siempre estara... cuidantote"

Y la dejaste volar
y tus ojos lloraron hasta doler
pero solo tu sabias
que así tenia que ser
que así... tenia que ser...

Ella prometío darte todo
pero solo pudo darte lo que tuvo
y para ti lo más hermoso
era amanecer junto a sus ojos
iluminando el mundo

Pero los pajaros no pueden ser enjaulados
Porque ellos son del cielo, ellos son del aire
Y su amor es demasiado grande para guardarlo

Y la dejaste volar
Y tus ojos lloraron hasta doler
Pero solo tu sabias
Que asi tenia que ser

Y la dejaste volar
Y sus ojos lloraron hasta doler
Pero solo ella sabia
Que asi tenia que ser


(Como última achega, à conversa tida ao telemóvel, aqui vai a versão da Mafalda Veiga de nuestros hermanos. Chama-se Bebe e escreveu esta "Cuidándote")...espero que gostes! ;)

Navegares...

Quem me dera saber em que águas me encontro neste momento...
Que águas são estas que agitam o meu navegar, que me embalam os dias e que tormentas terei ainda que atravessar?
Que nós de marinheira destemida faltam ainda para desatar?
Sei que navego entre dois mares, ao sabor de correntes e de algumas tempestades...
Sou uma caravela armada, mas sem vela.
Sou, no limite, uma traineira atarefada no meio da labuta diária de trazer para terra raía miúda, que é como quem diz, faneca, carapau e sardinha.
Almejo ser um dia um veleiro branco, pontiagudo, delineado por uma fina lista de um azul escuro esbatido pelo sal da vida e com um mastro estável e firme.
Quero sentir os cabelos soltos ao vento, ondulados pela brisa salgada e pelos pingos que respingam das águas quentes de sudeste.
Quero ser o "homem do leme", aquele que já nada teme...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Infâncias...



E hoje porque me sinto frágil, desprotegida e só a precisar de colo e que me embalem numa lenga lenga de afectos desmedida, apetece-me escrever sobre a infância.
As infâncias são marcantes, são o cunho que fica enraizado e que se revela para além de todo o sempre! As infâncias ditam o rumo da nossa vida, são a base fixa da nossa personalidade e deixam marcas e traços que perduram no tempo, como se tivessem pilhas duracel! As infâncias não são todas iguais, banais, vulgares. Nem todos nós, no mundo tivemos hipótese de ser crianças e recordar esse período mágico das nossas vidas, com um sorriso nos lábios e com um calor nostálgico no coração!
As infâncias não são todas cor de rosa, passadas a correr e a brincar num parque infantil a andar de escorrega e de baloiço e depois sentados num banco de jardim a tirarem-nos a areia dos sapatos, enquanto nos lambuzávamos com um chupa chupa de morango. Também há infâncias cinzentas, tristes e passadas a correr num pasto verdejante a guardar o gado ou com uma enxada na mão.
As infâncias são intemporais, mas quanto a mim, todas têm o seu tempo...com isto apetece-me dizer do fundo do coração: ainda bem que os tempos hoje são outros! E que nos dias de hoje, e até mesmo nos meus dias de criança, os meninos podem ou puderam ser crianças. Ser criança é poder desfrutar de uma forma mágica, transcendental, incrivelmente feliz e despreocupada do melhor que há nesses tempos de vida. Ser criança é ser-se livre, é não ter maldade nenhuma, é ter um coração pequenino mas tão repleto de sonhos, de magia, de beleza, de pureza; é ser-se integro e recheado de coisas boas!
Sinto-me uma privilegiada porque tive uma infância muito feliz, fui uma criança com uma óptima educação muito desejada e muito amada por todos! Contudo, apesar de ter sido, a primeira filha, a primeira neta, a primeira sobrinha e a primeira afilhada, não fui uma criança mimadinha e apaparicada em excesso. Fui sempre muito menininha, muito meiguinha a falar, muito protectora do seu boneco chorão que embalava e protegia como se de um bebé a sério se tratasse, muito mázinha para comer, muito doce e delicada, também era muito magrinha e branquinha...ainda hoje o sou...branquinha, claro!
Ás infâncias estão sempre associados locais, lugares, sítios onde passamos esses tempos tão preciosos. Quando me deixo envolver pela ternura das recordações neste capítulo vem-me desde logo à memória três desses lugares chave que marcaram a minha vida: a casa dos meus avós maternos, a quinta dos meus avós paternos e a casa da Arrábida dos tios. E com eles cheiros, sons, sensações e acima de tudo pessoas. São esses os meus lugares de eleição, dos quais guardo boas e significativas lembranças. Tenho uma memória excepcional e articulo com alguma facilidade talvez, graças à minha sensibilidade, pedaços de um filme, que apesar de não ter a clareza de hoje, estão muito bem conservados e guardados dentro de mim, como se fossem fragmentos de uma vida recente!
Mas o que recordo como mais significativo da minha infância foi o nascimento do meu irmão, que comigo está na foto que data de 1983...o mais curioso é o meu ar de instinto maternal aos 5 anos de idade!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Em balanço...

Não há nada melhor para a ressaca emocional (para além de ver o Sid, na Idade do Gelo) do que ouvir essa grande estação de rádio, de seu nome "Romântica FM" pela matina e logo com a locução desse grande monstro da rádio, de seu nome: Carlos Ribeiro. Pois foi o que me aconteceu hoje em plena 2ª circular. Tenho este condão de conseguir transformar letras lamechas em grandes hit´s e trauteá-las durante o dia...e o que está a acontecer neste momento: «Linda, só você me fascina /te desejo muito além do prazer/oh...oh...linda»
Musiquinhas à parte, venho comunicar e é oficial - as minhas amigas não me deixam mentir, que estou fechada para balanço, em retiro espiritual, numa espécie de tecelagem dos afectos esburacados.
Sinto-me uma espécie de "store" de uma grande superficie que se encontra encerrada para inventário e sem tempo previamente estipulado para abrir portas.
Sei que este é um tempo precioso e fulcral para retomar o reencontro que espero vir a ter para comiga mesma, em primeiro lugar, e só depois para com os outros...até lá, vou vivendo e tentanto alimentar-me de sonhos!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

NÃO QUEIRAS SABER DE MIM ...

Não queiras saber de mim - Rui Veloso

Não queiras saber de mim
Esta noite não estou cá
Quando a tristeza bate
Pior do que eu não há
Fico fora de combate
Como se chegasse ao fim
Fico abaixo do tapete
Afundado no serrim

Não queiras saber de mim
Porque eu estou que não me entendo
Dança tu que eu fico assim
Hoje não me recomendo

Mas tu pões esse vestido
E voas até ao topo
E fumas do meu cigarro
E bebes do meu copo
Mas nem isso faz sentido
Só agrava o meu estado
Quanto mais brilha a tua luz
Mais eu fico apagado

Amanhã eu sei já passa
Mas agora estou assim
Hoje perdi toda a graça
Não queiras saber de mim

Dança tu que eu fico assim
Porque eu estou que não me entendo
Não queiras saber de mim
Hoje não me recomendo


(esta é a música do "até qualquer dia", "até depois", "até já" , "até que Deus queira", "até que qualquer convite meu não seja negado por ti", "até que eu não te seja um incomodo", "até que não me magoes"...)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Momentos...

Um abraço repleto de harmonia no calor contagiante de um toque suave e resplandecente de alegria, de sedução, de intimidade, de confissão.
A partilha de uma intimidade segredada ao ouvido, uma confissão sentida, marcante e acompanhada por uma sonoridade que esconde um timbre ténue e esbatido, mas incrivelmente sentido, intimista e magistralmente único.
A esperança traduzida sob a forma de um abraço apertadinho, aconchegante e eternizado pela junção de dois corpos que não se descolam e pelo cunho da minha, tua,...nossa empatia e cumplicidade que não são mais do que o reflexo da nossa união momentânea, mas fruto da comunhão de duas almas cúmplices. Duas almas que coabitam no interior de dois seres, o meu e o teu, duas almas que divagam por si mesmas, pelas suas vidas, duas almas que têm inseguranças, lacunas, receios e nuances de uma vida emocional intermitente.. Duas almas que evidenciaram, apesar de tudo, possuírem vincados traços de intimidade, de cumplicidade, de empatia entre elas. Duas almas cúmplices, que parece conhecerem-se desde sempre, que se mimaram, que se acarinharam, que se desequilibraram mutuamente, que se magoaram, que se sufocaram e que, a partir de um certo momento, deixaram de dar e revelar o que de melhor cada uma é e tem para dar à outra.
Duas almas que o tempo se vai encarregar de ajudar, que a vida ao decorrer, permitirá sarar algumas magoas, alguns erros cometidos por ambas, mostrar algumas verdades, que agora estão encobertas por uma obscuridade, por um silêncio atroz, que uma das partes resolveu adoptar, fazendo a outra estar triste. Duas almas que precisam de respirar, de crescer e de amadurecer com os contratempos da vida, envolta em curvas, contra curvas, percursos lineares, outros porém demasiado sinuosos, onde existem buracos e acidentes de percurso que nos pregam partidas, que nos fazem escorregar e cair, porque a vida também é feita de tropeções e quedas.
Momentos pincelados por cores contagiantes, de alegria, de vivacidade, de esperança e de um encanto mais meigo que fogoso, mais carinhoso que sexual, mais doce que apimentado, eternizado por palavras meigas, expressões queridas e carinhosas, algo únicas que só as duas almas conhecem no seu mundo, que são delas, que nasceram fruto da entrega e do amor de uma das almas e da semi-entrega da outra , mas também como resultado da empatia, meiguice e carinho que existia...e existe entre ambas.
Momentos de abraços e beijinhos, muitos beijinhos queridos, meigos e infinitos que para sempre recordarei como os mais especiais, mas acima de tudo por serem genuínos, verdadeiros e incrivelmente sentidos, mágicos e inesquecíveis. Momentos que o tempo já não trás de volta, momentos que ninguém poderá apagar da minha memória, estão em mim, envoltos na tal riqueza interior que sou eu, na minha mais profunda essência.
Momentos que são fragmentos, pedaços que todos juntos são o filme das nossas vidas, porque no fundo, a vida não é mais do que o sumário de momentos...e eu gostaria de poder continuar a partilhar-me contigo sob a forma de camião cisterna de afectos e ternuras, porque eu adoro-te incondicionalmente!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Boneca, hoje?! Só se for de trapos...



Mais uma entrada matinal e de rompante no edifício onde trabalho. Para além da securitas de serviço dou de caras com a financeira da tunisair, aquela que assistiu " in loco" ao episódio da "Boneca".
Amorosa como é seu hábito, olhou para mim de sorriso estampado, orelha a orelha e disse:

- Bom dia Bonequinhaaaaaa!

Sorri, meia amarelada, não por estar com icterícia, mas por não estar nos meus dias e porque tenho o coração feito num 8 ou num 88.8 e lá segui em passo apressado para o meu gabinete e pensei: "boneca, hoje, só se for de trapos!"

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

2 de Fevereiro - Dia Mundial das Zonas Húmidas

Hoje de manhã, logo nas primeiras horas do dia e enquanto tomava o "piqueno" almoço é meu hábito ver na TV as primeiras notícias do dia, fui surpreendida por uma nota que passava em rodapé: «HOJE ASSINALA-SE O DIA MUNDIAL DAS ZONAS HÚMIDAS».
Arregalei o olho e suspendi um golo que ia dar no café com leite e pensei : «lindo! eu sabia que há dias comemorativos de tudo e de nada, mas este é bastante sugestionável para algumas mentes...as Freudianas in particulary!».
Ainda meia atordoada e já pressionada pelo relógio que avança a ponteiros vistos de manhã (tenho que confessar que tenho uma relação conflituosa com as manhãs)lá esperei que o dito pivô de serviço resolvesse avançar com a explicação de tal comemoração, mas nada disse!
Resolvi despachar-me, não vá atrasar-me e depois ter que dar contas do rosário ao meu chefe, explicando-lhe que me havia atrasado por causa das zonas húmidas!!!
Caminhei a passos vistos para o duche (outra zona húmida)e só pensava o que poderia estar na base deste dia. Zonas húmidas?! Estariam a falar de Sintra, de Sesimbra, do Pantanal ou até mesmo do vale de lençois de um adolescente do sexo masculino?!
Foi quando ao chegar ao trabalho e feita a devida pesquisa deparei-me com o seguinte:

Qual a importância das Zonas Húmidas?

As ZH desempenham um papel regulador fundamental em termos do ciclo hidrológico: ao permitirem a deposição de sedimentos e nutrientes (como o fósforo e o azoto), transportados pela água, e a sua acumulação ou incorporação na vegetação residente, estas zonas tornam os ecossistemas húmidos bastante produtivos, competindo com os sistemas agrícolas intensivos e controlando cheias e inundações.
Além disso, as ZH constituem zonas de recarga de aquíferos e de purificação de águas doces, constituindo o local indicado para a desova de muitas espécies aquáticas.
No entanto, é de ressalvar que as ZH são ecossistemas frágeis, pelo que deverão ser explorados cuidadosamente, de forma a manter a sua herança cultural e natural, beneficiando residentes locais e visitantes. Por exemplo, a interferência com o movimento natural dos sedimentos e dos nutrientes, quer por pressões urbanísticas, quer por contaminação das ZH por efluentes industriais, agrícolas ou domésticos, pode ter graves consequências sobre as ZH e zonas adjacentes, nomeadamente pelo aumento da sua degradação e erosão e pela redução de biodiversidade.

Zonas Húmidas em Portugal

As Zonas Húmidas ocupam apenas 3% do território europeu. Em Portugal foram identificadas 49 ZH, estando algumas classificadas como sítios Ramsar, totalizando uma área de 66 094 ha. O Estuário do Tejo (a mais importante zona húmida do país e uma das dez mais importantes da Europa) e a Ria Formosa foram os primeiros sítios Ramsar designados em 1980.
A lagoa de Santo André, situada no litoral do concelho de Santiago do Cacém, está separada do mar por uma estreita faixa dunar, conforme mostra a figura. Esta lagoa costeira tem características eutróficas, com água salobra, devido à sua abertura anual ao mar. A confluência dos meios marinhos, dulçaquícolas e terrestres nesta zona conduz à presença de elevada biodiversidade, tornando-a uma importante zona húmida para a pasagem de aves migradoras.
As Salinas do Samouco correspondem a cerca de 360 ha de área de salinas e tanques expropriada pelo Estado Português e de extrema importância em termos de conservação da natureza de muitas aves migratórias que aí fazem escala. Essa expropriação ocorreu no âmbito do contrato de financiamento celebrado com a União Europeia, de forma a compensar pelos danos ambientais causados pela construção da ponte Vasco da Gama. Foi também criada a Fundação para a Protecção de Gestão Ambiental das Salinas do Samouco (Decreto-Lei n.º 306/2000, de 28 de Novembro), com o objectivo de promover a conservação e gestão sustentável da região.
Porém, tem-se verificado uma diminuição da avifauna na zona, face ao abandono da área, incluindo a falta de operação e manutenção das comportas, resultado da falta de financiamento da fundação, por parte dos Ministérios responsáveis, desrespeitando o compromisso assumido pelo Estado Português à União Europeia.
O Centro de Zonas Húmidas - Portugal (Instituto de Conservação da Natureza) foi criado em 2001, tendo como principais objectivos a coordenação do Projecto de Conservação de Zonas Húmidas, nomeadamente a realização do Inventário Nacional e dos planos de gestão dos sítios Ramsar.

E esta hein?

E o Dia Mundial das Zonas Áridas, para quando será?

;)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010