quinta-feira, 30 de junho de 2011

Uma espécie de desabafo do dia!

Um destes dias, recente, foi-me feita uma apreciação, digamos que uma aferição da minha personalidade, por parte de um amigo do meu irmão, um rapaz de 28 anos e arquitecto de formação académica, o qual me disse com todas as letras que eu sou uma pessoa muito rígida e tensa. E ainda foi mais longe ao dizer que eu tenho de me libertar, tenho de : “Go with the flow”. Ora até poderia não ter ficado um bocado incomodada se o conhecesse bem, se ele tivesse suficiente à vontade para comigo, mas não, tinha-o conhecido poucas horas antes destas apreciações. Sim porque para mim não conta ter-lhe sido simplesmente apresentada, no atrium de uma discoteca da moda há cerca de uns 6 anos atrás …definitivamente que isso não conta.
Não lhe levei propriamente a mal, mas também não gostei. Mas não lhe disse, contive-me na minha postura “da socialmente correcta”, até porque estávamos numa divertida churrascada à beira da piscina numa noite fantástica de verão, no campo. Ao invés disso, calei-me, guardei a viola no saco e bebi mais uma cerveja, ainda que tenha ficado a remoer o assunto e a analisar o porquê de tal comentário, pois não me lembro de lhe ter encomendado nenhuma avaliação psicológica minha. Mas também sei que o M. não o fez por mal.
Dormindo uns dias sobre o assunto apeteceu-me reflectir em voz alta na cura energética o sucedido com a S. e foi deverás importante termos falado sobre o assunto, até porque percebi claramente que a S. me compreendeu na perfeição e que de certa forma se identificou com a minha forma de estar e sentir as coisas.
Sinto que estou efectivamente diferente. Tenho crescido muito, em pouco espaço de tempo, e esse crescimento que anda braço dado com o avançar da idade, deu-me efectivamente uma postura mais séria.
Claro que continuo a ser a Catarina divertida de sempre, continuo a ter um fantástico sentido de humor, continuo a ser engraçada e cómica, mas houve efectivamente uma mudança em mim. Estou mais serena, mais apaziguada até, mais sensata, mais madura, mais contemplativa, mais selectiva, mais resguardada e se calhar isso sugere nos outros que seja rígida e tensa, mas eu não considero que seja nada disso.
O M. só tem razão é numa coisa. O “Go with the flow” de facto uma postura certa a adoptar, digamos que um principio a seguir ou até um lema, uma cultura, um estado de espírito.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

J. - "Hino a uma forma de amor "

Se há dias preciosamente importantes em que um determinado evento faz a diferença, ontem foi um desses dias. Estava mesmo a precisar da tão sempre desejada sessão de cura energética.
Falou-se de aspectos tão profundos, de análises tão interessantes e acima de tudo desdobrou-se a fronha da almofada que quando é para falar do assunto “J.” está especialmente bem desdobrada.
Foi muitíssimo importante ouvir da minha querida S. a mensagem confortante e tão verdadeira, que reza o seguinte: “há pessoas na nossa vida de quem vamos gostar muito para sempre”!
E é efectivamente uma verdade absoluta, contra a qual não podemos nem tão pouco devemos lutar, mas sim aceitar. Eu sou feliz só por sentir que adoro incondicionalmente o J. E a verdade é essa e não quero fazer nada para que isso deixe de acontecer, porque eu adoro-o.
Sei que fomos rasteados pela vida que não nos deixou ficar juntos como casal, mas quero muito acreditar que se a vida não nos une como marido e mulher, nos possa unir como amigos, até mais do que isso, como “compinchas “, como almas companheiras, como confidentes. Não sei se passada a turbulência que existiu entre nós e que deu lugar a um silêncio profundo e a um afastamento atroz que me dói mesmo na alma, muitas vezes até dói fisicamente falando, se conseguimos eu e o J. emergir das cinzas ou se estamos condenados a não sermos mais nada a não ser um baú de memórias, de um passado que já não vai voltar.
Sei que vou sempre, mas mesmo sempre gostar dele de uma forma tão especial nunca outrora sentida por outra pessoa, porque foi com ele que se deu a mudança … existe mesmo uma “Catarina antes do J.” e uma “Catarina depois do J.”
Ter descoberto que sinto pelo J. esta forma de amor tão especial é algo que por si só me deixa feliz, só pelo simples facto dele existir. Sei que um dia vou amar alguém que seja mesmo a outra metade de mim, mas também sei que o meu imenso coração contempla várias formas e estados de sentir, várias pessoas, até porque a amizade é quanto a mim o mais nobre dos sentimentos, a mais nobre das formas de amor.
Do J. tenho saudades, todos os dias.
Tenho saudades da personalidade desconcertante dele, da força da natureza que todo ele é, no seu todo; tenho saudades de o ver comer frutos secos como se não houvesse amanhã; tenho saudades de o ouvir a imitar o Sid da Idade do Gelo; tenho saudades de o ouvir cantar; tenho saudades de o ouvir a rir; tenho saudades de lhe dar beijinhos carinhosos nas bochechas generosas e de lhe fazer festinhas no cabelo enquanto ele descansa no meu colo; tenho saudades de lhe desfazer as fibroses e suavizar os tornozelos cansados; tenho saudades de lhe dar abraços demorados; tenho saudades de perder os meus olhos nos dele, enquanto jantamos; tenho saudades de sentir a barba rija dele nas pontas dos meus dedos; tenho saudades de lhe dar a mão e simplesmente caminhar; tenho saudades de o ouvir chamar-me “superfofinha”, “querida”, psycho pequenina”…

E o J. será que tem saudades? De uma coisinha que quer que seja ?


(ás minhas amigas que lerem este post e lhes saltarem a tampa, ao invés de deixarem um comentário escrito, limitem-se a sorrir e a pedir que a vida seja tudo aquilo que eu desejo, sabendo elas que eu só desejo fazer alguém feliz e ser feliz porque esse alguém também me fará feliz.
Mas hoje estava a precisar de dar este desabafo, tranquillas, vale? )

sexta-feira, 24 de junho de 2011

De 22 para 23 de Junho de 2011

Sou pelos encontros, e pelos reencontros.
Sou pelos conhecimentos, e pelos reconhecimentos.
Sou pelas conversas demoradas.
Sou pelas empatias.
Sou pelas partilhas.
Sou pelas amizades.
Sou pelas cumplicidades.

Obrigada P. por finalmente, e apenas e só segundo a minha perspectiva, o gato e o rato terem quebrado os meses de fugas permanentes e sem explicações óbvias. ;)
Foi agradavelmente simpático. :)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Como esquecer ? por Miguel Esteves Cardoso

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? (…) As pessoas têm de morrer, os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou de coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar, entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de acabar de lembrá-lo. A saudade é uma dor (…) que é preciso, primeiro, aceitar.

As pessoas nunca deveriam morrer, nem deixarem de se amar, nem separar-se, nem esquecer-se, mas morrem e deixam e separam-se e esquecem-se. Mas é preciso aceitar, é preciso sofrer, dar murros na mesa, não perceber. (…) Há grandeza no sofrimento. Sofrer é respeitar o tamanho que teve um amor.

As pessoas magoam-se, separam-se, abandonam-se, fazem os maiores disparates com a maior das facilidades. Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há suplentes, não há calmantes, ilhas nas Caraíbas, livros de poesia… Só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar o fôlego.

Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amámos de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, mas tudo isso nem faz bem nenhum. Tudo isto conta como lembrança, tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, (…)
Quando já é tarde para voltar atrás, percebe-se que há esquecimentos tão caros que nunca se podem pagar. Como é que se pode esquecer o que só se consegue lembrar? Ai, está o sofrimento maior de todos. Aí está a maior das felicidades."

terça-feira, 21 de junho de 2011

SOU ...

Para não cair redonda segurei-me a uma saliência da ínfima capacidade que tenho em sonhar e perdi-me por lá, embora sem ter pé assente em terra firme…mas deixei-me estar, a vaguear, de coração aberto.
Quando me perco nas minhas fotografias de criança, nos flash dos momentos que tenho gravados, vejo sempre aquele meu olhar lúcido, típico de um ser de luz, de esperança e acima de tudo uma alma boa, genuína e pura.
Com o passar dos anos e da caminhada que tenho vindo a travar, tem-me acompanhado, essa vertente fortemente enraizada em mim, que se pauta pelo sonho constante e pela capacidade de fantasiar, para além do que se avista a meia dúzia de metros.
Sou muito mais além do que aquilo que aparentemente surge, sou muitíssimo mais profunda na intensidade do sentir e acima de tudo na imensidão do verbo contemplar.
Sou provavelmente ainda aquela princesa encantada em busca do sentido da vida, o profundo sentido da vida. Para mim tudo não pode ser resumido ao simples acto do existir e do respirar. A vida apresenta-se perante mim, como uma parafernália de experiências, de formas de estar, de ser e acima de tudo pautada por vivências, momentos e acontecimentos marcantes e a maior parte deles inesquecíveis. Se há coisa que tenho apreço em mim, que admiro em mim, é esta minha forma de caminhar na vida carregando tudo em ombros e no coração, repleto por sinal. Possuo uma capacidade incrível de manter em mim tudo vivo, mesmo que sejam memórias de outros tempos. E se há coisa que sei fazer é saber mantê-las vivas em mim, cheias de força e com uma clareza tal, que contagia, mesmo com o inevitável desgaste do passar dos anos. Acho que sou autêntica e isso faz a diferença, em muitas das vezes.
Sou um livro de memórias. Sou uma biografia de capítulos vastos e mil e uma histórias de encantar, de recordar, de mimar.
Sinto que muitas vezes sou um enorme baú velho, empoeirado por fora, mas repleto de tantos “tudos” no seu interior. Sou uma coleccionadora de arte, mas daquela que vai juntando, através dos fragmentos que os outros potenciam em mim, uma soma de vivências. Sou a soma das partes, das várias pessoas que se cruzaram, que se cruzam e que certamente se cruzaram em mim.
Sou uma tatuagem definitiva... de uma borboleta de asas abertas ... para a vida!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Saudades!





D.,

Tenho tantas saudades tuas!

Saudades da nossa fabulosa empatia!

Saudades de nós, das nossas confissões, das nossas gargalhadas, das nossas divergências!

Que saudades tenho eu tuas!

Adoro-te!

Abreijos, dos teus, dos meus e especialmente dos nossos!

C.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aqui e agora (neste sítio onde me encontro) assim me sinto!

definhar

Significado de definhar
v.t. Causar definhamento a; tornar magro, enfraquecer.
V.i. Consumir-se pouco a pouco; murchar, secar, decair: as plantas definham quando não recebem a luz do sol.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

VIVO E DEIXO VIVER!

É caso para dizer que finalmente fez-se luz dentro do meu coração!
E como tal apraz-me deixar esta memória escrita, que sendo para ti, não é para ti … não sei se entendes, mas eu entendo, e isso chega-me, acolhe-me a alma e acima de tudo tranquiliza-me.
Se por alguma razão o destino nos colocar novamente no caminho um do outro, como o fez uma vez e logo daquela forma caricata e tão engraçada, acredita que para mim já valeu a pena todos estes turbilhões que nos têm assolado a alma.
Sabes bem que eu demoro a ver as coisas, a sentir as coisas, a aceitar as coisas e a seguir em frente. Tu definitivamente és muito mais rápido que eu, em tudo, diga-se de passagem e a bem da verdade.
Eu sou diferente da tua essência, muito diferente ainda que acredite solenemente que se entre nós tivesse existido o amor maior, estaríamos até hoje juntos e desenfreadamente felizes, longe de diferenças significativas, até porque soubemos desde logo que queríamos o mesmo na vida.
Adiante! Não fomos feitos almas gémeas, mas acredito que somos almas companheiras de vida e como tal vou saber esperar de coração ao alto, por ti, João e acreditar que o mais nobre dos sentimentos, a Amizade, será possível, um dia, entre nós. Demore o tempo que demorar…
Percebi igualmente de que nada poderei fazer nos entretantos e que esta luta desigual que travei na mais profunda das solidões e que durou meses e meses, e que foi unicamente para tentar conquistar a tua amizade, foi um profundo erro da minha parte. Foi a chamada fuga para a frente, sem medir, nem pesar os factores adversos. E honestamente, a mais verdadeira das verdades reside no facto de que não estamos preparados emocionalmente para sermos amigos.
Precisamos que o tempo que tudo cura avance por nós adentro, à séria, e faça a limpeza da alma e dos corações magoados, para que possamos emergir das cinzas de uma relação que não vingou como ambos queríamos, se bem que em tempos diferentes- até nisso andámos desencontrados e nos reencontremos refeitos, inteiros, sem mazelas e de coração aberto para a Amizade.
Acho que é um tremendo de um desperdício se assim não acontecer.
Vou ter sempre saudades tuas, vou sempre sentir a tua falta, venha quem vier, passe quem passar, fique quem ficar, porque em mim existe esta capacidade de saber conter e contemplar no meu imenso coração quem me é especial.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Pensamento do dia!

Uma coisa é algumas vezes, durante o dia, lembrar-me dele, outra coisa é pensar nele constantemente, várias vezes ao dia.


São coisas distintas, e eu que o diga! :)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Hoje, sente-se assim!

Preciso de receber da vida novas coordenadas.

Preciso de um novo rumo, de algo que fundamente os dias com outro significado.

Preciso de ter a prova de que a conjuntura difícil não impossibilita as boas oportunidades que nos surgem na vida.

Preciso dos desafios, das motivações, das provas superadas.

Preciso de ter o verbo ajudar ao meu alcance.

Acima de tudo preciso de recuperar o meu sorriso e os dias fevrosos, daqueles que me fazem chegar a casa e repousar-me por inteira no mais compensador dos descansos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tradução da Alma no dia de hoje!

A sorte protege os audazes. É nesta máxima que preciso cada vez mais de acreditar. E se ser-se audaz pressupõe um grau de protecção de uma entidade superior qualquer, então eu quero vir a ser completamente audaz, em todos os departamentos da minha vida.
Eu sei que sou determinada e muitíssimo assertiva para com a minha vida, para com o meu projecto pessoal, que neste momento sou eu. Quando "os outros" intervenientes se juntarem à minha vida e caminharmos juntos, aí o projecto alagar-se-á e a motivação será outra bem diferente.
Tenho estado num processo de recuperação absoluta das estruturas que foram devastadas por um pequeno, mas grande furacão e neste momento, apesar de ter algumas recaídas (juro que às vezes, sinto-me uma autêntica A.A.) mas não reprimo, nem castro, pois sei que não tem mal nenhum chorar mágoas passadas e saudades ínfimas quando são sinceras e verdadeiras, e ás vezes até precisas!


Assim, tenho aceitado tudo o que em meu redor se passa e acima de tudo aceito a nomenclatura dos sentimentos do meu coração. Tenho redescoberto um coração que é enorme e que sabe completar vários tipos e formas de amor.
Esse coração que às vezes anda caído a raiar pelas amarguras do presente que nem sempre é risonho ou à medida de todas as minhas exigências, é o mesmo que também contempla no seu interior uma palete de cores infinita, uma esperança que transborda os contornos do mar de possibilidades, surpresas e oportunidades que existem na vida.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Episódios do Asfalto!

Há já muito tempo que não tinha uma mini aventura matinal no tráfego, desde que a Ana Teresa me bateu no carro à entrada da 2ª circular, já lá vão uns meses.
Desta feita hoje de manhã foi a minha vez de ser a aselha de serviço, à entrada da A5. Todos os veículos de quatro rodas vinham em fila de pirilau que é o mesmo que dizer em bom português daquele despachado, em bicha. Quando nisto, eu me distraí a olhar para as minhas unhas dos pés, que estão pintadas de vermelho desde ontem, algo que também há muito que não acontecia e deve-me ter dado uma descoordenação motora e deixei descair o carro e dei um ligeiro toque no carro da frente.
Diga-se que o carro da frente era um Fiat Uno de 1992, branco, cuja matrícula posicionada no lado direito terminava em UE e o pormenor mais interessante de todos foi a inscrição gravada em jeito de autocolante logo por baixo da palavra Uno, que dizia o seguinte: “Cosy”. Cuja tradução para português significa “aconchegante”. “Eh lá”, pensei eu. “Será que é o carro que é aconchegante ou uma dica da proprietária, sobre si mesma?”
Mal senti o pequeno embate, lembrei-me logo da expressão usada pela amiga Raquel : “ups, foi só um “beijinho”! Este último termo é usado para definir um toque, apenas um encosto, mas que não causa mossa alguma. Seguindo esta analogia, acho que vou começar antes a dizer: “ups, foi só um chocho”!
Como é meu hábito deixo-me ficar sempre dentro do carro, naquele impasse, a ver quem sai primeiro do veículo para ver o sinistro e claro está uma vez, para não haver excepção a confirmar a regra, deixei-me ficar dentro do meu carro, mas espreitando pela janela.
Nisto vejo sair uma autêntica machona, isto é aquilo que se poderá dizer de uma “mulher/ homem”, que trajava umas calças pretas sem corte definido, uma tee-shirt larga branca e ténis. Trazia o cabelo preto em risco ao meio, preso por um rabo de cavalo, acondicionado por um elástico grosso ao estilo matrafão de outros tempos. Mas o pior de tudo, aquilo que se destacou num ápice, foi o buço, capaz de fazer inveja a muito bom homem parco em pêlos no rosto. O tamanho do dito cujo impressionava, mas o pior de tudo era estar descolorado, e verifiquei que os pelinhos pretos que estavam a nascer estavam claramente a começar a ganhar terreno sobre os pelinhos loiros. Que medooo!!!
Eu ao meu bom estilo, começo logo a dizer, mesmo antes de me ter inclinado sobre o local exacto onde os carros estavam colados, feitos siameses.


“Ah, não foi nada!”
“ Não fez mossa nenhuma”!
“ Não tem nada, foi só um encosto de pára choques”!


Mas a piquena, vou chamá-la de “Bruna”- porque eu adoro dar nomes a tudo e a todos, nada convencida das minhas expressões vitoriosas, pede para eu chegar o meu carro um pouco atrás para ela verificar melhor o estado da traseira do carro dela. Acedi, não fosse ela mandar-me um banano ou desfazer-me a maquilhagem com um cabeçada, porque a julgar pela forma abrupta como a vi sair do carro, após o “chocho”, tendo antes confirmado pelo espelho retrovisor de que alguém lhe tinha ido à traseira do Uno, deve ser uma “Bruna” agressiva.
Verificado que não houve nenhum dói-dói em nenhum dos carros, lá esboçou um sorriso e seguimos viagem, sem antes eu lhe ter dito: “Peço desculpa, estava distraída! “ Mas claro que não lhe disse que o foco da distracção tinha sido as minhas novas unhas vermelhas dos pés, pois a “Bruna” nunca iria perceber isso.
Cheira-me qua ainda deve ter estado mais uma temporada a temer pela saúde do “Cosy” pois ainda fui atrás dela na tal “bicha” na A5, durante algum tempinho. Mas mal teve uma oportunidade, a “Bruna” pisgou-se para a fila dos aceleras, ou não tivesse ela um Uno Cosy de 92.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma ligeira divagação ...

Eu efectivamente não tenho andado nada bem. Então não é que o casamento a que fui, no sábado passado, foi o primeiro em que estive presente e que nem sequer dei pelo facto da noiva ter atirado o ramo??!! Como é que isto foi possível?! Já me tenho perguntado vezes sem conta.
Cá me parece que isto foi um sinal do Universo, ao jeito de : “Catarina, escusas de te matar para tentar apanhar o ramo, porque o dia do teu casório ainda está longe de vir a acontecer.” E a tradução que a pequena Catarina pessimista, que também coabita com a optimista dentro de mim, faz é a seguinte: “Já pensaste que se calhar podes nunca vir a casar”! E vem a Catarina optimista toda armada aos cucus e a querer interceder como uma lufada de ar fresco e diz: “Claro que vais casar Catarina e terás no altar à tua espera aquele homem que tarda em aparecer, mas que quando cruzar os seus olhos nos teus, será para todo o sempre!”


(Eh pá, esta Catarina optimista é uma porreiraça!)