segunda-feira, 30 de maio de 2011

:(

Chama-se tédio e mata-me com o passar dos dias. A segunda feira para mim, passará a chamar-se “neura”, ou seja, a seguir ao domingo é a neura.
Estou assim de há uns meses a esta parte, aquando se deu a mudança para este local onde estou literalmente de castigo durante 8 horas por dia, certamente a ser castigada por algum pecado cometido em alguma vida passada. Honestamente só posso estar a pagar por algo,pois não consigo avistar outra hipótese que não esta.
A velha e eterna questão do “nada acontece por acaso” não está a conseguir ser colocada em prática nesta fase da minha vida laboral. Já dei voltas e mais voltas, já esperneei no interior de mim mesma, já dissequei a coisa com o mais afinado dos bisturis e honestamente não consigo mesmo justificar o porquê de ter atraído à minha vida uma coisa destas.
O tédio e a neura são reis e senhores dos dias que teimam em passar devagarinho em passo de caracol. Sinto-me a definhar, a ser sugada na energia e acima de tudo a empobrecer a minha alma, num local como este.
Estou triste!
Estou descrente!
Estou saturada!
Estou desanimada!
Estou desmotivada!



Preciso que me aconteça algo de muito muito bom! Eu mereço!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O que me vai na alma do coração no dia de hoje ...

Tenho encontrado na leitura das nossas conversas as memórias que me enchem de esperança de que um dia estarás diante dos meus olhos. Sinto que estarás de carne e osso e com esse sorriso radioso que te rasga a alma de um lado ao outro, e te ilumina o olhar, que por si só, já todo ele é uma luz esplêndida que me contagia e comove.
Tenho saudades do teu coração gracioso que me enchia de uma forma de amor, que outrora não havia sentido por outra pessoa. Reconheci-te a essência no imediato e fiquei ligada a ti por uma espécie de aliança que perdura no tempo.
O tempo, esse teima em querer separar-nos. Os nossos caminhos encontram-se trocados, mas tenho esperança de que as lembranças marcantes tenham ficado tatuadas no teu imenso coração, assim como estão no meu.
Não há um só dia que passe que não me lembre de ti. Acho que recebi mesmo uma estalada da vida e confesso que andei bastante atordoada, a deambular por entre questões ínfimas de respostas ausentes, mas agora superei-me e saltei para outro lado da margem do rio que nos separa.
Resolvi acatar o que a vida nos ditou “em sorte” pese embora eu continue a achar que foi o maior dos azares teres de ir, logo após nos termos conhecido. Mas aceitei o teu caminho, o direito que tens de o percorreres e acima de tudo aprecio imenso aquilo que te move a ires. Claro que não vou mentir o quanto quero, desejo e peço que voltes, se assim entenderes ser essa a razão do outro lado da felicidade que possas vir a descobrir.
E posto isto, meu querido D. apenas quero dizer-te que sou feliz da vida só por saber que existes e por ter o privilégio de ter uma pessoa como tu guardada num cantinho do meu coração, que é imenso, por sinal, tal como o teu…





Abreijos D.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hoje é dia de festa ! Parabéns querido irmão! :)

Começo por dizer a seguinte frase: Então não hei de eu estar velha, se o meu irmão faz hoje 28 anos?
É verdade, um dos homens da minha vida está um homem, um verdadeiro homem e só de pensar que há 28 anos atrás o vi nascer, ajudei a minha mãe a mudar-lhe as fraldas de pano e andei com ele ao colo tantas vezes quantas aquelas que me deixavam.
Hoje ele é um homem, o qual não posso carregar ao colo, mas carrego-o no meu coração sob a forma de um dos amores mais puros de sempre. Até porque foi graças à existência dele que o meu instinto maternal despertou aos 4 anos e meio de idade e foi graças ao nascimento dele que eu tive um dos momentos mais felizes e marcantes de toda a minha vida.



Parabéns João, meu querido e adorado irmão!
Adoro-te!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tenho dito!

Sou uma jornalista sem entrevistado.

Sou uma criatura que não aceita perder ou deixar ficar pelo caminho as pessoas que realmente ama.


Sou um monólogo tremendamente desenfreado numa espécie de disco riscado.


Sou uma pessoa que insiste em esticar a corda, quando uma das partes já largou uma das pontas, faz tempo.


Sou a real personificação das perguntas que ficam sem a mínima resposta possível. Nem um simplesmente “vai dar uma volta ao bilhar grande”, “desampara-me a braguilha” , “vai morrer longe”, “esquece que algum dia nos conhecemos” … qualquer uma destas pérolas, mas desde que fosse comunicada uma que fosse. Ao invés disso estou condenada a receber o maior dos desprezos, numa fiel mensagem do estilo “resume-te à tua insignificância”. Na sua pele, aos seus olhos, talvez ele ache mesmo que eu seja merecedora de ser tratada como a mais insignificante das criaturas, a mais desprezível.
Apre o que eu gostava de poder entrar na mente humana e espalhar magia. Quem sabe se essa pessoa não passasse a agir com base nos sentimentos do coração, ao invés de seguir os pensamentos da cabeça, que por si só diga-se de passagem não funciona em grande esplendor. Ora pois, que é exactamente na cabeça dessa pessoa que reside o busílis de toda a questão, desde sempre. E eu sou apenas e só mais uma pessoa a receber o tratamento base no “modo operandis” levado sempre a cabo, para com outras pessoas. Porque é que comigo haveria de ser diferente? Só porque eu fui a “superfofinha”?

Merda! Mais uma pergunta sem resposta!

Sou aquela que lamenta as perdas.
Sou aquela que vive de saudosismos de um passado recente que já nada o trará de volta.
Sou a imagem fiel de quem não gosta de abandonar quem se gosta … mas neste caso, lá terá que ser, depois de muita insistência da minha parte.
Vou seguir à risca a promessa que fiz diante “da árvore” e continuar a pedir a Deus que proteja e ilumine o caminho de quem mais precisa!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Porque existem episódios que merecem ficar na história ... e para mais tarde recordar!

Se houve coisa que me divertiu foi ter assistido na última fila ao que se passou hoje de manhã neste local onde cumpro funções. Digamos que um dos soldados, o Soldado Mor ( o que bota faladura, sempre) resolveu convocar todos os soldadinhos para uma reunião geral. Depois de ter deixado as tropas à espera durante uns 15 minutos resolveu aparecer com ar de quem comeu iscas, chanfana ou rancho ao pequeno-almoço, trajando um blazer preto com um estampado enorme das costas, cujo desenho era algo difícil de perceber, mas andava perto de um dragão japonês. E claro está, primeiro aspecto que despertou em mim a vontade de dar uma gargalhada sonora, algo que o fiz, mas para dentro. Apesar do ar rude, grotesco, e de ter cara de poucos amigos, eu até consigo simpatizar com ele, apenas por um pormenor, ele é um perfeito clone do Jorge Palma, e eu simplesmente adoro o Palma. E só me apeteceu dizer : “Cá estamos nós outra vez”! Referindo-me ao facto de já ter estado presente, no passado mês, neste tipo de “eventos”.
Posto isto, alinhados que estão os soldadinhos eis que o tal Soldado Mor começa o discurso, nada ensaiado, completamente de improviso, porque se há coisa que o homem tem é o dom da oratória. Entrou a matar, passou atestados de incompetência a vários soldadinhos, sem dó nem piedade, evocou nomes em alto e bom som. Glorificou apenas dois soldadinhos e denegriu por completo os restantes.
O melhor estava guardado para o momento em que já todo exaltado e literalmente a cuspir-se, sai-se com esta pérola de expressão, que os meus ouvidos estavam longe de imaginar ouvir, num contexto laboral, e que foi o seguinte: “Vocês estão-se cagando para esta merda!» Nem as mosquinhas da fruta tiveram coragem de fazer um ruídinho que fosse para quebrar o total silêncio que se fazia sentir no auditório. E vai ainda mais longe ao elucidar os soldadinhos de que “caso vocês não saibam, isto é uma empresa, não é a Sta. Casa da Misericórdia, não é um grupo de amigos que se juntam todas as 5ªs feiras!».
Falou-se da questão gravíssima que é o facto de alguns soldadinhos não cumprirem a norma interna de dar saída e depois novamente entrada, aquando da hora de repasto. Está mal!! O Soldado Mor tem razão! Então uns soldadinhos trincam uma sandocha à pressa para não passarem o horário estipulado e outros soldadinhos ficam refastelados com o traseiro na cadeira do restaurante enquanto devoram um cozido à portuguesa e bebem um copo de três!!??
Falou-se de custos, de redução de custos, de soldadinhos que vão ser banidos desta corporação e foram avisados outros soldadinhos que não irão passar daquilo que são, meros executantes sem aspiração a mais.
Mas o pior de tudo, foi a comunicação feita de que até a conta da água está pela rua da amargura. No entanto, fiquei mais descansada, quando o Soldado Mor disse num tom mais pausado “ao que parece temos uma fuga”. É caso para dizer: eh pá, do mal o menos!

terça-feira, 17 de maio de 2011

No dia de hoje, apetece-me gritar ao mundo ...

... que a minha vida não é de perdas e que não faz parte da minha essência deixar ficar pelo caminho as pessoas de quem realmente GOSTO!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Descobertas...

Descobri o padre com quem quero casar. Ou melhor, descobri o padre que eu quero que me case. Chama-se padre João da paróquia de Campolide. Foi empatia imediata e simpatia instantânea.

Tenho andado a sonhar com casamentos…não sei se por algum motivo forte, se apenas pelo facto de ter um casamento dia 28 de Maio e ainda não ter encontrado as sandálias perfeitas para levar. Vestido já tenho. Novo. Bonito e Lilás escuro…ou púrpura claro ou cor de rosa arroxeado, ou whatever.



Gostava tanto de vir a casar-me ! Adoro a ideia de me imaginar a entrar na igreja de braço dado com o meu querido pai e ter à minha espera “ o tal”. Honestamente acho que nasci para ser noiva!



Todos estes pensamentos devem-se certamente à crise da idade …

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Para a "perneta" dos afectos reter ...

“Por agora a única coisa que me vem à cabeça é a conclusão a que chegámos na última sessão acerca de como o teu inconsciente vê os homens: todos da mesma maneira. E de como o teu consciente entra, em relação a todos eles sem excepção, num registo de fantasia e ilusão, que esconde o vazio que sentes. Pensa nisto e na forma idealizada como há 3 meses descrevias o X, na forma idealizada como até há uma semana descreveste o Y, e na forma idealizada/fantasiosa como estás agora a referir-te ao X. Qualquer fantasia que escolhas para preencher o teu vazio só vai, a curto-médio prazo, aumentá-lo ainda mais. Vamos perceber e sentir o que é real em ti. É isso que te vai preencher. Quem te vai preencher és tu.”


S.G. 11 de Maio de 2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Depois de ontem ...

... Se há coisa que tenho a certeza absoluta é a de que eu vou sempre, mas mesmo sempre ....

terça-feira, 10 de maio de 2011

Aqui e agora sente-se assim...

Raras são as vezes na vida em que somos tocados por pessoas que conseguem em menos de nada transformar o nosso mundo interior, num outro mundo. É como se tivessem o poder de nos fazer renascer, de nos fazer redescobrir, de nos fazer reconhecer. Para mim, essas pessoas são raríssimas e tenho-as como preciosas dentro de mim.
É simples amá-las no imediato, admirá-las no imediato e sentir-lhes a falta igualmente no imediato.
Sabem aquela sensação, uma vez no nosso coração, no nosso coração para todo os sempre? É assim que me sinto, em particular para com uma pessoa muito, mas mesmo muito especial. O meu olhar translúcido e sincero transborda das órbitas quando falo dele. O meu coração fica radioso de batimentos mais acelerados e simultaneamente apertado de saudades e de falta de notícias dele.
Custa-me a caminhada, pois cada um à sua forma está a fazer a sua caminhada, mas quero acreditar que um dia os nossos caminhos poder-se-ão fundir num só. Tenho a certeza que a minha caminhada ao lado da caminhada dele seria muitíssimo mais interessante. Ele faz-me ter a certeza que a felicidade plena e absoluta existe. E só desejo que ele seja capaz de transpor o horizonte das possibilidades avançadas em jeito de probabilidades, aqui para os meus lados.


Espera-o um imenso coração de luz, ternura e amor.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Até Sempre Catarina ...

Quando soube que a Catarina não havia conseguido vencer “a batalha” fiquei vazia, incrédula, repetindo para mim mesma vezes sem conta “eu não acredito!”, “ não pode ser!”, “ a Catarina não pode ter falecido”! Depois de me consciencializar que a Catarina partiu, de facto, senti-me profundamente triste e sem reacção alguma, apesar de me terem passado mil e um pensamentos pela mente.
Acompanhei a luta oncológica da Catarina através do FB, pois foi assim que descobri através do grupo “Vamos ajudar a Catarina” de que se encontrava doente e a lutar com todas as forças e recorrendo a todos os métodos existentes, além-fronteiras.
Com a Catarina, para além do nome próprio em comum, tínhamos o ISPA ( a Catarina foi a minha madrinha Ispiana) e igualmente o facto de também eu ter tido um melanoma, há 16 anos atrás. O meu, foi um caso de estudo para o meu médico, apresentando-o em vários congressos. Pois consegui sobreviver a um melanoma agressivíssimo após duas cirurgias, no espaço de 15 dias e felizmente não haviam metástases espalhadas por outros órgãos. Mas o estado é o de alerta, para toda a vida.
Ainda cheguei a trocar com o marido da Catarina, o D., o nome do meu médico, mas prontamente me disse que tudo tentaram em Portugal e que a possível solução os esperava em Madrid, através de uma técnica altamente inovadora no combate a este tipo de doença. E foi assim, entre Lisboa e Madrid que a Catarina passou os últimos tempos da sua passagem pela vida.
A Catarina será sempre lembrada pela força, pela coragem, pela determinação e acima de tudo pela mulher que enfrentou com um sorriso nos lábios e com a fé no coração a maior das batalhas da sua vida.
A Catarina foi e será sempre a imagem fidedigna de alguém que soube nunca desistir, nunca desanimar por completo, nunca deixar de acreditar que era possível a cura. A força inabalável, fruto da sua personalidade determinada, forte, optimista, lutadora fez-se sempre sentir em cada palavra que publicava no FB. Disse-lhe, por diversas vezes que as Catarinas são umas vencedoras e eu estava convencidíssima que o desfecho seria completamente outro…
Para mim, para a família e para todos a Catarina será sempre uma vencedora, de quem todos temos o maior orgulho, admiração e respeito…por ser um exemplo de luta e de coragem!


Catarina Santos
9 de Maio de 2011
http://oueunaomechamocatarinamaria.blogspot.com

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para mais tarde recordar ... just in case!

Resolvi após a chamada mão na consciência encarar esta fase da minha vida laboral com sentido de humor. Se me debruçar seriamente sobre o assunto, no seu todo, efectivamente o que isto está a pedir é uma sonora gargalhada, seguida da pergunta: “onde é que está a câmara ?” “Isto” poderia muito bem ser um sketch para “Os Apanhados”, mas não é, this is real life!
Não vale a pena esgotar-me, nem me irritar, nem me chatear, nem nada. Vale sim relativizar a importância das coisas, descontrair-me, aproveitar a experiência do tédio, apatia e silêncio como uma lição de vida e um período de reflexão, pois certamente, depois “disto” espera-me novamente um retorno aquilo que conheço ser “a minha praia laboral”. Se calhar a vida está apenas a dar-me a oportunidade de experimentar as diferenças, sentir os opostos, aprender com o inverso da medalha, eu sei lá.
Desta feita, quando estiver a ter um dia mau ou menos bom e me estiver a sentir prestes a desfalecer emocionalmente, aqui neste local onde estou das 9h às 18h, venho aqui ao blogue e leio este post. Certamente que irei colocar no imediato um sorriso no rosto e acima de tudo uma gargalhada na alma.


Ri-te ! Ri-te! E logo vês que sou dinamite ! ;)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A mais feliz das visitas ...

O insólito acabou de acontecer nesta empresa.
Qual não é o meu espanto, quando me dirijo à recepção da empresa onde trabalho a fim de receber um candidato (consultor informático) que vinha a entrevista e me deparo com o dito cujo candidato, mais um ovinho de transportar bebés e ainda uma princesinha linda de 4 meses, ao colo.
Pois está claro, a bebé também veio à entrevista, porque o papá está a gozar a licença de paternidade, logo leva a pequena a todo o lado. Ela, era simplesmente linda, mas linda linda linda! O meu forte instinto maternal, associado ao facto de estar cheia de saudades dos “meus meninos” do berçário, fizeram com que me lançasse logo em direcção à bebé e a pegasse ao colo. Para mim, pegar um bebé ao colo, uma criança é a melhor sensação da vida. Ter um bebé a adormecer-nos nos braços ou sobre o peito, é assim, para lá de indescritível.
Encaminhados que foram para a entrevista, conduzida pelo meu chefe, depressa assumi as funções de babysitter da pequena, que portou-se tão bem ao meu colinho, até porque a levei a passear. Foi altamente cobiçada por todos, dada a sua simpatia, a sua beleza e em especial os seus magníficos olhos claros, entre o azul e o verde.

Ai ai os olhos claros…despertaram-me logo outras saudades e recordações.


Enfim…foi um momento mágico e que me levou para longe, tão longe daqui…


Quando é que será que vou ter a minha Matilde e o meu Vicente ? Ou melhor, “os nossos” filhos?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Em estado de "depuralina"

A esfregona há muito que teimava em permanecer hirta naquele balde. Havia ali sido posta em jeito de “modo de espera” para a próxima lavagem a fundo. Preferencialmente com água potável e um líquido cheiroso, floral de preferência, nada que contenha amoníaco na constituição.
O momento assim o exige e pede-se, a quem de direito, que pegue energicamente na dita cuja esfregona e passe à execução das mais apuradas das fascinas. Não há direito a desculpar, se houver um único metro quadrado que não leve um tratamento de esfregona, tem de ser tudo passado a pente fino, neste caso, a vileda – passo a publicidade.
As limpezas são sempre actos importantes, e são acima de tudo, actos inadiáveis, pois não se ganha nada em deixar passar mais uma semana, mais um mês, sem fazer a limpeza, bem pelo contrário, só acumula mais quantidade de lixo, e muitas das vezes, mais difícil é de o remover.
Metáforas à parte, encontro – me no estado “closed for kleaning” e garantidamente que desta vez, está a decorrer uma limpeza geral, à alma, à mente, ao corpo e acima de tudo ao coração que está cansado de carregar impurezas.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Feelings ...

Há alturas que somos apanhados na curva da vida e não percebemos logo, no imediato, o porquê de nos estar a acontecer isto ou aquilo. Depois respira-se mais profundamente, dorme-se várias noites sobre o assunto, pede-se clarividência para entender o rumo que determinada coisa está a ter e depois chega-se sempre a alguma conclusão. Não sou excepção à regra, e posto isto, sei sempre lá chegar, ao chamado “busílis da questão”, posso demorar um pouco mais perante determinado aspecto, mas raramente me perco do essencial.


Poderá parecer um cliché daqueles mais batidos, mas cada vez mais sei, que nada na vida acontece por acaso. O acaso não existe. Tudo acontece por uma determinada razão, com um determinado fundamento, para se chegar a um qualquer patamar, para se entender uma determinada coisa, para um qualquer fim. E quase sempre, essas tais coisas que nos acontecem por determinado motivo, acontecem porque nós estamos de certa forma preparados ou predispostos ou a necessitar de passarmos por isso. Lá está, mais uma vez, não nos acontecem só por acontecer, porque isso não existe.


Sou uma pessoa complexa, de ideologias muito próprias, sei que tenho a minha personalidade forte, vincada e sei que sou por vezes desconcertante pela intensidade que me pauta. Para além disso tenho um aliado de peso, mas que com o passar dos anos e dos contratempos que vou passando, está a perder a pujança de outros tempos. Chama-se romantismo. Nunca vou nunca perdê-lo no seu todo, pois não combinaria nada com a minha verdadeira essência, mas o decurso dos últimos anos da minha vida está claramente a pedir-me que seja mais inteligente e viva mais a razão. No fundo estou a tornar-me um pouquinho mais pragmática, algo que honestamente tenho de admitir que estava em défice sensorial na minha imensidão interior.


Acho que não “ganho” nada por andar constantemente a fantasiar histórias de fadas, de carochinhas, de princesas que casam com príncipes, definitivamente a vida tem-me mostrado que essa não é certamente a minha praia. Até ao hoje, a vida tem sido mais uma impossibilidade de ser, no campo afectivo/amoroso, uma sucessão de desencontros com uma ou outra pessoa especial e acima de tudo uma desfasagem temporal de formas de sentir. Não sei quanto mais terei de passar até chegar à concordância de estados de ser e de sentir. Não faço ideia do propósito desta solidão afectiva. Não creio que esteja a pagar os pecados cometidos noutras vidas. Quero acreditar que tenho tido apenas azar e que “o tal” existe, que de certa forma me está “prometido” e que será só uma questão de tempo, até a tal janela de oportunidade mágica se abrir e que permitirá unir os corações dos apaixonados.


Voltando ao acaso, uma vez mais a vida, mostrou-me há coisa de 3 meses que posso continuar a sonhar, porque aquele homem por quem sonhei a vida toda encontrar, existe. Ele existe mesmo, é de carne e osso, e tem uma alma repleta de luz, que transparece através de um olhar claro lindo, por sinal. O melhor de tudo é o coração, generoso, afectuoso, magnifico. Uma tentação para ser amado, bem-amado, e para o tornar ainda mais feliz e completo.


Deixar livre esse coração é aquilo que a vida me está a pedir que o faça.


Se esse coração tiver que ser concordante com o meu coração, tenho a certeza que a vida no seu estado mais puro, se irá encarregar de juntar esses dois imensos corações!


Entrego ao Universo que aquilo que for o melhor para nós os dois, que nos aconteça!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para ti, DPM!

Estado de Espirito

Quando me sinto mais agastada psicologicamente ou quando me torram a paciência, fico por vezes sugada na energia da inspiração para escrever coerentemente aquilo que me vai na alma do coração.
Quero muito acreditar que esta semana será menos exaltada de emoções distorcidas por uma criatura que está claramente a acusar a pouca formação que possui e acima de tudo a incompetência que teima em dar, a cada hora, um arzinho da sua pouca graça.
Mostrar-me-ei segura, tranquila e acima de tudo irei pôr em prática o sábio conselho do senhor meu pai. Tenho que ser mais inteligente do que certa pessoa. Só assim levarei a bom porto o rumo minha vida profissional, neste momento.
Só quero paz e não tenho feitio para ter uma criatura mesquinha a morder-me os calcanhares armado em polícia à beira da reforma antecipada e sem nunca ter pertencido a qualquer quadro de honra que fosse, nem poder fazer por mostrar dos galões, pois não os tem sequer.
Na frustração triste que se reflecte o meu estado actual, normalmente consigo renascer na minha essência que é altamente orientadora para o sucesso. E o meu sucesso é única e exclusivamente procurar a minha felicidade. É procurar aquilo que fará com que salte da cama todos os dias feliz para abraçar uma profissão que me complete, que me realize e que faça com que eu me supere, sempre e cada vez mais e melhor.