quarta-feira, 27 de julho de 2011

Para a MBM, tal como prometido ;)

O que a vida tem de mais engraçado é voltar a cruzar os caminhos de pessoas que têm nas suas vivências experiências similares e que através da partilha impera uma ajuda mútua, que se estabelece pelas empatias e confidências.
Ultimamente tenho reflectido imenso sobre a temática “reencontros”. E hoje apraz-me fazer um elogio ao meu reencontro com a MBM.
Lembro-me que assim que a conheci gostei dela no imediato e quase que a adoptei como uma irmã mais nova. Senti-a como uma semelhante a mim, pois de certa forma revi-me em alguns aspectos daquela menina doce e loira, de olhar um bocadinho distante, mas com um coração sensível e do tamanho do mundo.
Quis a vida que durante algum tempo estivéssemos vedadas a todo e qualquer conhecimento. Não interessa para aqui mencionar os factores que contribuíram para que isso acontecesse, até porque os intervenientes nefastos desse episódio são seres tão medíocres, que nem vale a pena dar-lhes o tempo de antena, que simplesmente não merecem ter.
O que é certo, é que a vida quis com que eu e a MBM nos aproximássemos de novo e nos reencontrássemos para um almoço em que se retomaram as empatias que pareciam ter ficados perdidas, num passado. E assim renascemos numa bonita amizade em que palavra compreensão ganha efectivamente um outro panorama.
Parece que só agora fez sentido que nos voltássemos a encontrar. Por algum motivo foi. Certamente que haverá uma explicação mais profunda do que aquela que à primeira vista nos aparece diante dos olhos.
Reencontrei uma MBM mais crescida, mais madura, mas também mais pesada interiormente, do que aquilo que lhe conhecia. Assumiu o olhar triste e as preocupações que traz nos ombros e o coração que se assume em taquicardias descontroladas, receios e medos constantes. Mas também encontrei uma pessoa que quer mudar esse cenário que nada condiz com a menina de luz doirada que toda ela é. A essência dela é mais alegre, mais sorridente e acima de tudo mais leve. Tenho-a ajudado naquilo que posso. Tenho-a guiado pelos olhos da experiência, de quem passou por tudo aquilo que ela está a passar. Tenho-lhe dado as directrizes dos caminhos a seguir e acima de tudo, tenho-lhe dito que sei que tudo vai passar. Com tempo, com calma, mas acima de tudo com ajuda, dela no trabalho interior que possa vir a desenvolver em terapia. Expliquei-lhe que a terapia é a chave da questão. A tal que abrirá a porta de uma felicidade interior que não tem explicação, só o próprio poderá aferir o ganho, de tal experiência.
Entre tudo o que temos em comum soltaram-se algumas confidências de um passado amoroso turbulento causado por uma pessoa que não sendo propriamente má, causou mal-estar e dor ao outro. Sentimos que foi importante partilharmos o que ambas sentimos na pele, pois não é de todo fácil gostar tanto de alguém que padece de um transtorno psicológico tão complicado e grave, como aquele que eu e a MBM sabemos. Foi deveras importante para mim ouvi-la, ainda para mais, neste momento chave da minha vida, em que estou a libertá-lo. Em ambas foi notório o nosso lamento, a nossa compaixão para com as pessoas em causa, mas também a nossa dor, o nosso desgaste, a nossa fragilidade e o nosso receio também.


M.

Espero que gostes! Tu para mim és cor de rosa, maninha mais nova! ;)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Só eu sei ...

Estou a deixá-lo sair de dentro de mim, finalmente!
O processo não é nada agradável de se sentir, mexe com cada partícula do meu corpo e sinto-o a sair por cada poro. Nunca, nada havia sido como tal.
Os sentimentos tidos e especialmente sentidos não estão a ser fáceis de controlar. Sinto-me ansiosa interiormente, em alvoroço constante e dói-me a alma, como se me estivessem a arrancar algo de mim. Tudo isto vai passar e vai dar lugar a uma tremenda paz, a um estado sereno, de profundo alívio e leveza. Eu sei que vai! E é por saber, que aceito o panorama menos feliz do momento actual.
Sinto-lhe a falta, mas ao mesmo tempo, agora só de pensar na presença dele causa-me taquicardias e ansiedade. Não lhe tenho mágoa, nem dor, nem desilusão. Tudo isso foi devidamente aceite, compreendido e desculpado no tempo certo. Contudo, acho que de tudo fica o lamento e a pena. Além de andar sempre em cuidados para com ele. Há em mim um profundo estado de protecção para com ele. Um sentimento quase maternal, para ser sincera. Se pudesse andava sempre em frente dele para o desviar dos caminhos menos bons, dos atalhos maus, das contracurvas que lhe vão fazer mal e acima de tudo desviá-lo das pessoas que não lhe vão ser benéficas para a alma.
Sinto-me cansada, no seu todo, como se estivesse a acusar um desgaste após a sua passagem na minha vida. Embora queira muito que consiga permanecer, um dia, como meu amigo. Agora a grande diferença é que já acho que não seria capaz de descansar o meu corpo no colo dele, porque ele não me traria decerto tranquilidade e apaziguamento. Não sei se teria esse cuidado para comigo. Ele é demasiado impulsivo, desenfreado, instável emocionalmente, frenético, limítrofe, exagerado, agitado, extremista. E eu não sei lidar com isso.
Só quero que este tempo necessário passe e que eu possa reerguer-me mais forte e sem sequelas de maior. Sinto-me abalada por um tsunami ou por um furacão que causou uma devastação emocional em mim. Logo eu que aquilo que mais quero é descansar no colo de uma alma boa, do Bem, genuína, repleta de luz e acima de tudo que consiga ver tudo com os olhos do coração.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Hoje, por estas bandas, divaga-se ...

O poder da escolha é muitíssimo mais importante do que por vezes nós fazemos ideia. O que escolhemos para nós vai acompanhar-nos em permanência, pese embora muitas dessas escolhas tenham outra opção. Como a escolha que temos em mudar de emprego, fazemos uma escolha, existe uma rescisão e voilá, resolvemos a questão.
Contudo existem outras escolhas bem mais complicadas de tomar e são quase sempre aquelas que envolvem os afectos. São as escolhas emocionais, as amorosas, no fundo, as das emoções.
Tenho estado particularmente mais atenta ao que me rodeia e subsequente mais atenta aos outros que me rodeiam. Estou ainda mais centrada nas incapacidades de escolha e acima de tudo nas não capacidades de escolher o que é o melhor para si.


O ser humano é um animal endiabrado no sentido de ser difícil de compreensão plena e eu há muito que entreguei os pontos na temática que envolve a compreensão da mente humana.
Nem tudo é passível de ser compreendido e acima de tudo o facto de não pensarmos pela cabeça do outro explica muitas das limitações no acto de compreender o outro. Sou tida, a maioria das vezes por ser uma pessoa altamente compreensiva. Os outros procuram-me muitas das vezes por que sabem que eu os compreendo. E eu acho que a compreensão anda de mãos dadas para a maioria dos comuns mortais com a necessidade de serem aceites pelo próximo.
Divagações à parte, estou numa fase especialmente orientada para as escolhas. E para mim a escolha é sinónimo de acção, de mudança, de câmbio.
Sei que não posso mandar nos afectos do meu coração, mas felizmente que tenho o poder de escolher não querer mais investir numa pessoa que não me quer de forma ou feitio algum que seja. A escolha, resume-se ao factor decisão. É preciso tomá-las não de ânimo leve, nem no mais desesperante dos estados, mas sim num ponto intermédio, num estado de apaziguamento e sem mágoa, frustração ou dor, a envolver aquilo que temos de melhor, o nosso coração.
Há corações bons em todo o lado, em toda a gente. No sentido oposto, sei que não existem mentes boas em todo o lado, em toda a gente. E definitivamente no mais oposto dos sentidos, no mais radical dos estados, afirmo que não há almas boas em todo o lado, em toda a gente.
A alma é o mais puro dos estados de um ser e é altamente revelador daquilo que cada um de nós é como pessoa. A alma é a essência, é a energia pessoal. É o lugar mais recôndito e mais revelador de cada um de nós. A alma é algo que se eleva para além do corpo, da matéria.
A minha escolha destes dias passou pela decisão de não investir mais em quem não me traz felicidade, em quem não quer acrescentar mais nada em mim, enquanto pessoa. A minha escolha é a da tomada de liberdade interior para ser capaz de escolher um outro caminho, um outro ser e acima de tudo uma outra alma.
Sei com todas as forças que existem em mim, pois sou um ser de luz, dotado de inteligência emocional, que quero apenas e só, tão somente ser feliz. Sei que existe aí, algures na infinidade do mundo, uma alma que deseja encontrar outra alma, como a minha e que ambas andam na azáfama interna de se recuperarem, se me apaziguarem, de se superarem e de se tornarem mais e melhores, para um dia se encontrarem e darem uma à outra, tudo aquilo que têm de melhor, de uma forma incondicional e pura.

terça-feira, 19 de julho de 2011

SBSR

Há uma festivaleira dentro de mim, definitivamente.
Só não há mesmo, de todo, uma festivaleira meia badalhoca, no sentido de mal lavada dentro de mim.
Podem pedir-me tudo, menos para conseguir usar os WC, vulgo, minis contentores portáteis nos concertos. Este fim de semana tive dos encontros mais surreais e nojentos com esses ditos cujos, no Super Bock Super Rock. Não consigo descrever a profundidade do interior das chamadas sanitas, pois incomoda-me só o pensamento das ditas cujas. Mas digamos que havia de tudo por lá. Ao invés disso soltei o meu lado descontraído e desenrascado e por duas vezes fiz o meu xixi de super bock ao ar livre, algures entre a traseira de uma roulotte de churros e farturas e uma ford transito branca. E foi altamente libertador, sentir o ventinho no Meco no traseiro enquanto se libertava a bexiga que pesada estava do diurético líquido.
No conto geral, gostei do SBSR. Embora tenha uma vez mais constatado que já não tenho pedalada para 3 dias seguidos, chega-me um dia, a sério que chega! No dia seguinte estou completamente KO, chego mesmo a bater com os costados no ringue. Fico apática, cansada de todo e quase sempre com uma neura de sono.
Mas para o ano haverá mais certamente, apesar de cada vez mais achar que sou uma menina do Optimus Alive!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Manual de sobrevivência antes de viajar. Por C.V.

Mergulhada no mais profundo dos tédios, aqui neste local onde me encontro das 9h às 18h de segunda a sexta feira, e onde pico o ponto quatro vezes ao dia. Resolvi para que não adormecesse fazer uma espécie de limpeza às gavetas da minha secretária. Entre papelada que não interessa a ninguém, encontrei um caderno normal de capa azul. Comecei a folhear e constato que era de notas que a minha antecessora C.V. tirava. Pequenas anotações para que não se esquecesse de isto ou de aquilo, relacionado com trabalho.
Contudo nas últimas duas folhas constato que estão anotações, por tópicos, que nada têm a ver com o trabalho, mas que não deixam de suscitar alguma curiosidade para partilhar com os comuns mortais, as preocupações que alguém tem na hora de viajar. Acredito que tal como a C.V. há muito boa gente a pensar em pequenos, grandes pormenores, ora vejam:


- Colocar uma fita colorida visível para identificar rapidamente a mala.
- Mala de mão: levar valores; máquina fotográfica; telemóveis; roupas e artigos de higiene para 24h; medicamentos; bikini.
- Levar roupa confortável na viagem.
- Comer refeições leves antes da viagem.
- Começar a adequar os horários aos de lá.
- Levar antidiarréicos e antieméticos (perturbações gástricas)
- Levar notas de 1 dólar.
- Anotar o nº do passaporte ou tirar fotocópia e enviar email com todos os números úteis.
- Levar na carteira apenas o necessário. Levar pilhas e rolos fotográficos.
- Ver preços da máquina descartável.
- Chegar cedo para pedir lugares junto às portas de saída.
-Ter uma caneta na mala para preencher impressos.
- Irá haver uma pessoa da Iberojet, devemos dirigir-nos ao bus, depois de confirmamos se a bagagem está no mesmo.
- Não beber água da torneira.
- Cuidado com o côco porque é um laxante natural.
- 1 euro é igual a 46 pesos dominicanos.
- Não fazer câmbios na rua, porque somos enganados.
- Não perder o cartão da piscina.
- Não alugar carros.
- No check out ter: chave do quarto, cofre, comando da TV e cartão da piscina
- Únicas despesas a ter são de telefone e aluguer de cofre.
- Confirmar que a bagagem está no transfer.


Depois disto retenho o seguinte:


- Eu achava que era uma pessoa preocupada, atenta ao pormenor, depois disto sou uma das raparigas mais despreocupadas e descontraídas que conheço.
- Acima de tudo sou uma pessoa de poucos medos a julgar pelos atrás inumerados, pois não me lembro de ter medo de nenhuma fruta. E quanto muito, no meu caso seria mais, “ cuidado com as bananas, que fazem prisão de ventre”!
- Afinal ir de férias é sinónimo de muitas preocupações e grandes dores de cabeça e não sinónimo de descontracção e pura diversão, para algumas pessoas.
- O medo é transversal a todos os tópicos. Havendo dois principais medos, a saber: medo de se desfazer em merda, literalmente, isto é, diarreias profundas que nem com imodium rapid a coisa vai lá, mas que a C.V. refere como “perturbações gástricas” e o segundo medo mais comum, é o medo de perder algo /de ser roubado.
- Existem uma série de pontos que não são controláveis a saber: as fitas coloridas podem desprender-se da mala durante os vários abanões que recebem após andarem de mão em mão; há sempre alguém mais paranóico que faz o check in 3 horas antes do previsto precisamente a pensar abargantar os lugares junto às portas de emergência, achando que está aí a safa numa pseudo queda, ou então como desculpa dizerem por serem mais espaçosos, para as pernas, isto malta com 1,50 m a falar de alto; adequar os horários aos do país que se visita é contranatura, nunca outrora vi alguém ir de férias para a República Dominicana e andar a brincar aos fusos horários em Lisboa uma semana antes, tipo ir trabalhar quando é suposto estar a dormir.




Se os dominicanos soubessem a preocupação desta rapariga, antes de visitar o país deles...

Mas na certa, de certeza que se lhe extraviou uma mala; que teve uma caganeira que a levou S. Pedro; que lhe fanaram-lhe um boião de creme de cosmética; que quase todos os pratos levavam côco como ingrediente e ficou com o lugar na última fila do avião, que é como quem diz, ao lado do WC que no regresso deve ter sido muito concorrido. ;)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sei...

Sei que vou voar nas asas da vida com todo o seu esplendor.
Sei que vou saborear a intensidade de um amor profundo que sabe a doce.
Sei que vou pisar a lua da imensidão de uma alma boa, repleta de luz.
Sei que vou beijar os anjos que nos protegem das desventuras de maus amores.
Sei que vou ter um ouvido para segredar “ Amo-te! “ e “És a outra metade de mim!”
Sei que vou abraçar alguém que me trará no seu peito todos os dias até se esgotar a eternidade.
Sei que vamos ecoar cânticos de amor e gemidos de prazer.
Sei que vamos tocar as estrelas e dançar por entre as nuvens.
Sei que vamos caminhar lado a lado, pé ante pé, de mãos dadas e sempre unidos.
Sei que nos espera uma imensidão de vida intensa e saboreada em colheradas de amor bom e de amizade pura.
Sei que contigo vou andar a um palmo do chão em pleno êxtase estado de felicidade.
Sei que vamos construir o nosso castelo e gerar vidas.
Sei que vamos ser aquilo que ambos queiramos ser.

Por isto tudo, peço-te que te cruzes comigo na estrada da vida, sei que vou saber reconhecer-te no imediato. Não demores muito a vir até mim, pois só quero fazer-te feliz da mesma forma como tu o queres fazer a mim.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para mais tarde recordar ...

A experiência de ontem não poderia ter sido mais intensa e simultaneamente estranha. Vim de lá a pensar, primeiro« estranha-se, depois entranha-se».
Foi profundamente poderosíssimo.
Sei que não estou propriamente muito habituada em “expor-me” por completo, pois há sempre em mim um lado de algum resguardo de manifestação de emoções. Isto já para não falar deste meu lado controlado que volta e meia, se mostra mais firme. Mas pelo menos recalcada não sou!
As lágrimas corriam-me em pleno, face abaixo. Foi tão emocionante que chegou a doer. Custa! Mas foi tão bom!
Do conto geral da sessão de ontem, há a reter a urgência em resgatar a criança interior que há em mim. Foi tão bom ter ouvido o meu "eu superior" a falar, a plenos pulmões. A minha essência, a verdadeira, é livre, despreocupada, solta, divertida, alegre, sonhadora, aventureira, brincalhona e feliz.

Essa sou eu e eu vou recuperar-me com a ajuda da S.

Obrigada à S. e à D, pelo momento de ontem... não esquecerei nunca!

terça-feira, 12 de julho de 2011

O último dos lamentos: a casa !

Confesso que chorei copiosamente mal cheguei a casa, depois de ter visto a placa da Remax a dizer: VENDE-SE, colocada na tua casa, mas por mim sentida desde o primeiro minuto como a “minha” ou a “nossa” casa.
Os teus planos de partir paredes e adquirir o imóvel do lado eram generosos e muito interessantes. Difícil seria só subir as escadas todos os dias com o “ João Maria” no ovinho, mais a tralha toda atrás, que uma criança acarreta. O problema das compras de supermercado estava há muito por ti solucionado.
Mal vi o raio do “VENDE-SE”, veio-me logo à memória o dia em que te conheci, por causa da bendita casa. Gostei logo de ti, apesar de me teres feito esperar quase 45 min, mas depois percebi logo que foi por causa do exame da bactéria.

Senti um imediato momento de empatia reinante à entrada do prédio e depois quando abriste a porta e me deparei com a entrada directamente para a sala que deixava ver a fabulosa vista da varanda, só me apeteceu dizer-te: “ A tua casa é a minha cara”; “ Até parece que esta casa foi remodelada para mim, ao meu gosto” ; “Aqui vou ser feliz!”.
E fui feliz ali sim J. mas apenas como visita, pois não chegou a ser minha depois da novela marroquina “ vendo-te a casa/ não te vendo a casa” e não chegou a ser “a nossa”.

Adiante.

Fui feliz e em cada canto dela, tenho memórias muito nossas, flashs muito reais e fidedignos de algo que passou e já não vai voltar. Estão em mim, envoltos na minha ínfima capacidade que tenho em memorizar e em recordar.
Como ando a chorar as mágoas e a deixar-te sair de mim achei por bem fazer também fazer o luto da venda da casa. Sentir que nunca mais lá vou entrar e contemplar canto, em jeito de recordação das memórias que continuam em mim vivas e muito frescas, causa-me uma profunda angústia. Bem sei que é só uma casa, é apenas tijolo, cimento, paredes, papel de parede, tudo algo material, mas foi graças ao facto de ela existir que eu tive a felicidade de te conhecer. E agora o VENDE-SE, é mais uma um comprovativo do “nosso fim”.

Tenho tanta pena J.


Apeteceu-me vê-la uma vez mais, mesmo que ao de longe e já despida do original que tenho em memória detalhada, para todo o sempre. E dei um saltinho ao site da Remax. Continua bonita, mas pelo facto de teres tirado uma série de coisas, perdeu o teu cunho pessoal. Já não é a tua cara, nem a minha!
Fiquei com saudades da cama, da mesa-de-cabeceira, dos cortinados, do sofá da sala, do tapete, da mesa de jantar, dos bancos corridos, do móvel da tv, do candeeiro de pé da sala, da moldura do WC… e acima de tudo de nós ali, os dois juntos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ao dia de hoje... Parte II

Apetece-me chorar.
Melhor, apetece-me deitar no sofá e ali ficar imóvel, em posição fetal, aninhada sob mim mesma.
Acho que estou a conseguir com que uma parte de ti esteja a sair de dentro de mim .
Sinto que estou a conseguir deixar ir essa tal parte de ti! E literalmente saís-me pelo corpo todo e pela alma, embora vás sempre permanecer no meu coração, sempre!
A sensação é desconcertante, inquietante, causa desconforto e até taquicardias. Sinto-me acelerada e ao mesmo tempo sem reacção, apática, sem forças.
Que m…. é esta nunca outrora sentida?
Já percebi quase tudo. Foi por causa deste estado, misturado com os sentimentos do post anterior que se deu o estado de ansiedade sentido hoje à hora de almoço … mas que vai passar! Tranquila, mesmo que nem tudo se resolva com “dois copos e um colchão”, tudo passa, leva é o seu tempo e os seus estados de ansiedade, de saudade e de alguma dor.

Ao dia de hoje ...

Definitivamente que estou a precisar um hino “ao tal”. Não sei o que se passa comigo mas estou completamente cansada “dos homens”. Sinto que esta é uma alergia no geral, não estando a particularizar ninguém, mas o que é certo, é que tenho vindo a acusar o desgaste que os homens “não certos” produzem em mim.
Sinto-me mesmo sem paciência nenhuma.
Estou cansada dos que se armam em paizinhos, moralistas, engatatões de 5ª categoria, devoradores de atributos femininos que saltam logo à vista. Estou cansada dos homens fáceis, de pensamentos lineares e quase sempre voltados para o lado carnal da coisa. Estou cansada dos homens imediatos, dos momentâneos, dos ocasionais, dos passageiros, dos foragidos, dos esbanjadores de charme, dos demasiado sedutores, dos demasiado dramáticos, dos demasiado atenciosos, dos demasiado libertinos, dos demasiado “jogadores”, dos demasiado convencidos.
Como tal, e liberta que ando desta “malta inconveniente “para o meu reino, peço a todas as entidades do Divino que coloquem no meu caminho “o tal”. Aquele onde vou poder descansar no peito reconfortante, seguro e repleto de amor, puro, genuíno, maduro, saudável…o aclamado” amor maior”! Não desejo nem mais nem menos do que encontrar “o tal” aquele que queira exactamente o mesmo da vida que eu, aquele com quem sonhos, planos e objectivos sejam concordantes e de uma sintonia e empatia ímpares.
Quero encontrar a metade de mim. Quero amar e encher um outro coração de felicidade.
Quero caminhar lado a lado. Quero fazer trajectos de mãos dadas.


Quero ser feliz, a dois e depois a três e depois a quatro (idealmente).

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pensamentos ...

Quando todas as noites rezo as minhas orações, encho-me sempre de saudades. É como se fosse o meu momento do dia. O mais íntimo, o mais confidente, o mais resguardado.
Nas minhas orações estão as pessoas que são mais especiais para mim. As que ainda tenho o privilégio de privar com elas e as que infelizmente já partiram ou estão ausentes, num afastamento total forçado.
Mas estão todas em mim. Tenho-as na minha imensidão interior, no meu coração repleto de amor. São elas que me fazem ter emoções mais sentidamente importantes. São elas que me emocionam quando as recordo. É por elas que solto uma lágrima trajada de sorriso cúmplice e nostálgico.
Elas que são, que foram e que vão ser, sempre a minha vida. Sem elas este meu mundo interior não tinha a mesma cor, o mesmo brilho, o mesmo sabor, a mesma vida, o mesmo sentido…

Um enorme beijinho para o mais recente “membro” do grupo “afastamento forçado”… sei que vou perseguir a minha felicidade, deixando em ti, um valente pedaço de mim.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

S E N T I R E S :)

Acho a vida deliciosa. Uma sucessão de surpresas a acontecer. A imprevisibilidade da coisa é o que mais me fascina, por isso pouco ou nada me interessa agora “saber” o que me vai ou não acontecer. Gosto da ideia de estar tudo em aberto. Quero viver muito e bem. Quero sentir-me cada vez mais viva, mais intensa, mais autêntica, mais renascida, mais recuperada. E é lindo saber que existem um cem número de sinais que recebemos e aos quais devemos dar sempre significado. Tenho-me lembrado muito das palavras do D. quando me disse para “estar atenta aos detalhes e para não os subestimar”.
Partindo deste pensamento, relato algo interessante que me aconteceu ontem. Firmada que está em acta interior que o meu investimento no J. terminou de vez, sou logo surpreendida com uma conversa interessantíssima com o F. que meio soltinho, meio tímido, no meio das nossas confidências, me diz uma das frases mais bonitas que algum dia ouvi de alguém e que reza assim: “ Catarina, tu és uma vida a dois”.
Confesso que fiquei deveras emocionada, por tão bonita expressão! E é exactamente neste ponto que tenho de focar-me, no encontro com o “homem certo” que queira exactamente o mesmo da vida que eu.
Para terminar a sequência de frases marcantes deste dia destaco a da S. que orgulhosa da minha decisão me disse:
“O que decides com o discernimento do coração torna-se a tua realidade”.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Reformulando o post anterior ...

Acabo de ser "obrigada" a reformular o post anterior ...

... afinal existe uma mínima preocupação que seja ...

De mim para mim!

Chega!


Já recebeste todos os sinais de que é hora de parar e de fazer por seguir em frente. Lembra-te que seguramente o futuro vai ser muito mais interessante e promissor do que ficares presa a um passado que já não volta.

Não queres ficar refém do passado, pois não? De certeza que queres ser feliz no presente e de certeza também que queres olhar para o futuro esperançoso e radioso, que te espera, onde abraçarás o amor do ”homem certo” e dos vossos futuros filhos.


Depois de ontem, tens todas as respostas de que precisavas. Depois de ontem tens todas, mas mesmo todas as demonstrações de desprezo e de indiferença que algum dia alguém teve para contigo. Depois de ontem tens de parar de lamentar e de admirar quem não tem sequer uma preocupação mínima que seja, por ti ! Depois de ontem tens de aceitar, riscar e seguir em frente. Depois de ontem seca-te por dentro e segue a tua vida, que será certamente muitíssimo feliz!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Memórias de hoje

As horas. Os dias. Os minutos irrepetíveis. O sorriso rasgado. O olhar desencontrado, mas intenso. A vontade de nos apertarmos um contra o outro. Os abraços demorados saboreados em jeitos meio frenéticos, outros porém carregados de afecto. O carinho. Os teus pés. As minhas mãos que só conhecem uns pés, os teus. O meu olhar no teu. As palavras que me custavam a sair e as outras todas que saiam tipo rajada de metralhadora. O encaixe perfeito.Os sonhos. A vontade de serem reais, um dia. O teu gesto a afagar a minha barriga. Os meus medos. As minhas dúvidas. As contradições. As confissões sentidas. A empatia reinante a cada momento. O concerto na igreja de câmara. Os rodopios das danças em cima do tapete da sala. Os sonos mal dormidos. O teu corpo quente. O teu perfume que perturba, mas que prende. As memórias do teu cheiro no meu cabelo. As refeições a dois. Os jantares na mesa desenhada ao pormenor. O demolhar das línguas de bacalhau. Os risos da imitação perfeita do Sid. As tuas mãos entrelaçadas nas minhas. O toque da pele. Os mil e um beijinhos nas bochechas, na testa, no nariz, na boca. Os planos. As mágoas mútuas. As tentativas de ciúmes. Os ciúmes. As flores. A moleskine mais especial de sempre. O melhor chá da vida. As baguetes no carro. As canções dos Doors por ti cantadas. O convite para viajar. A recusa estúpida. O arrependimento. A vontade de ter-te nos meus braços por tempo indefinido. As saudades. A falta que me fazes…

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Uma questão de chá (ou de falta dele)!

Tenho constatado de perto e sentido quase na pele, que aquela coisa que se diz, de que quem não tomou chá em pequenino causa à posteriori, terríveis efeitos nocivos ao nível do comportamento e da educação, é uma daquelas verdades absolutas, que dá vontade de tatuar no corpo.



Essa pessoa que me “inspira” a escrever este post, seguramente que não tomou nem uma colherzinha de chá, literalmente, que seja, em pequeno e agora, que está velho e acabado, a consequência é isto que infelizmente tenho aturado, mas espero que não por muito mais tempo …