quarta-feira, 30 de maio de 2012

Divagações de hoje

Quem se conhece vivamente sabe sentir-se e sabe nutrir-se de tudo quanto precisa em determinado momento. A diferença passa pelo auto conhecimento. Um dia, há uns anos atrás, alguém acusou-me de que eu deveria passar a tratar-me por “tu” ao invés do habitual “você”. Em parte concordei com tal reparo outra parte de mim ficou perplexa pois essa indicação veio precisamente de alguém que não sabe fazer isso a si próprio.
Adiante.
O tempo foi decorrendo, umas vezes em ritmo desenfreado outras porém mais a lume brando, latejando cá dentro. E eu fui mudando, crescendo, renascendo e mais do que tudo fui cultivando cá dentro o sabor doce da caminhada que é feita através do Caminho da Verdade. E esse é o único caminho que nos conecta com o nosso verdadeiro eu. O caminho onde estamos ligados ao centro do nosso peito. O caminho que é feito com o coração. E assim sendo é o caminho da pureza, da essência apurada do nosso “eu”. É o caminho da gratidão e acima de tudo é o caminho da recompensa, do merecimento e da elevação da alma.
Hoje sei quem sou eu por inteira. Hoje sei que sou o “tu” no seu esplendor. Hoje sei o que preciso e aquilo que não preciso. Hoje sei cuidar de mim. Sei regar e preservar o maravilhoso jardim interior que mora em mim. Aqui no coração, onde os sonhos ganham vida, no aqui e no agora. Onde as plantas que semeio hoje são para ver nascer amanhã e depois de amanhã e depois do depois de amanhã …

segunda-feira, 28 de maio de 2012

No aqui e no agora, sente-se assim !


Aquilo “que foi” ficou mesmo lá atrás. Ficou preso ao passado. Cada dia mais me convenço que por mais que queiramos algo, esse algo só nos será concedido se  acrescentar algo de significativo e importante à nossa vida. Se for para nos fazer feliz. Caso contrário, não vamos certamente atrair algo que nos faz mal, algo que nos prejudica, algo que não acrescenta mais nada ao nosso ser.
E depois de muitas cabeçadas no vazio, depois de muitas lágrimas incrivelmente sentidas e pesadamente derramadas, apercebi-me finalmente que como em tudo na vida, tudo tem o seu tempo, tudo tem o seu momento de existir, tudo tem o seu significado naquela fase em particular da vida.
E é ao respeitar as memórias do passado, sem as querermos fazer perpetuar para o presente e muito menos para o futuro, que crescemos e que cá dentro se abre um imenso portal de luz branca e dourada que nos conduzirá pela “passadeira vermelha”, à felicidade. A plena e absoluta, a suprema e mais do que desejada.
Nessa caminhada não há espaço para enganos, nem para mágoas ou ressentimentos, não há espaço para quem não nos quer bem, para quem não nos trata como merecemos. Não há lugar para fardos às costas que só atrapalham o processo de regeneração e de renascimento do coração afectivo, aquele no qual se encontram as nossas emoções mais profundas.
O passado existe para nos lembrarmos de que o hoje é seguramente algo muito mais precioso. E há que recordar o passado sem nostalgias, nem mágoas, mas sim com uma atitude positiva de superação, de aprendizagem e de crescimento. Sei que é um exercício poderoso que devemos preservar, acima de tudo. Contudo, temos que saber esperar pelo tempo certo em que  já conseguimos mergulhar no passado sem dor dolorosa e especialmente sem recaídas.
Há que primeiramente ser capaz de se interiorizar tudo com a voz da verdade. Há que esperar pelo momento em que algo secou cá dentro, em que algo se cristalizou. Há que esperar pelo momento em que a libertação toma o lugar do vazio. E é em liberdade que somos felizes e em gratidão e aceitação que fazemos o Caminho da Verdade.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Pensamento do dia de hoje

Sorrio como quem quer sorver a vida toda de um só gole, no entanto, a realidade pauta-se por uma diferença bem distinta. Quero sorver a vida sim, mas através de vários goles e que não são dados todos de uma só vez. São dados e saboreados, cada um, a seu tempo.

Aquele pessoa frenética que tinha pressa para resolver tudo para ontem, deu lugar a uma mulher bem mais tranquila e confiante. Uma mulher que sabe serenar-se com a fé e a confiança e especialmente com a recompensa, o merecimento e a gratidão.

A cada dia, a cada  dádiva do verbo existir, agradeço e abraço-me em jeito de compromisso de que amar-me, é a essencia que dita a felicidade, que um dia será plena.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os dias duros ...


Fui atropelada por uma catadupa de emoções vai fazer amanhã quinze longos dias. Parei no tempo. Foquei-me única e exclusivamente naquilo que me estava ( e ainda está ) a acontecer e perdi a noção do resto. Vivi momentos de dor com a intensidade mais elevada de toda a minha vida. Ainda assim mantive-me sempre incrivelmente serena e sem uma pontinha de ansiedade que poderia francamente despoletar, num momento, como este.
Quando foi preciso tive sangue frio para reagir, para saber tratar de mim. Afinal de contas nos dois momentos mais difíceis estava sozinha. Muitas dores foram ao limite do que havia até então sentido. Nunca pensei que a dor física fosse algo tão insuportavelmente complicado de se aguentar. E eu que aguento tão bem a dor física.
 Parei no tempo, no espaço, na vida. Fiquei refém de analgésicos como se de uma adicta me tratasse. Tenho plena consciência que a forma como os engolia com um trago ora de água ora de leite morno reflectia o desespero em que estava.
 Fiquei com pena minha, lamentei tamanho azar e acima de tudo tentei reconfortar-me quando o desespero apertava o meu coração.
 E no decorrer dos dias mais difíceis sinto que cresci, sinto que me fortaleci perante a adversidade e que apesar de me estar a sentir pessimamente mal, desorientada e desesperada ainda consegui manter a calma. Não chorei um único dia. Não chorei movida por sentimento algum. Senti que fiz um esforço de contenção para não abrir a torneira, pois no meio do turbilhão esta foi a forma que encontrei para manter algum equilíbrio dentro do meu ser. Desatei num pranto ao décimo dia. Solucei. Chorei copiosamente. Chorei de pena, de arrependimento, de lamento e acima de tudo de solidão e desamparo. Senti-me incrivelmente sozinha durante este processo. Questionei a sua existência, o seu propósito. Pensei de uma forma orientada. Pensei noutras completamente desorientadas. Tive medo, terror e pânico.
Liguei o piloto semi automático e lá me arrastava para o trabalho, não sei bem como. Houve um dia em que não consegui mesmo ir trabalhar, estava na minha exaustão de dor.
Agora pergunto tão simplesmente quando é que vou ficar bem? Quando vou recuperara a minha qualidade de vida?
Grata ao Universo pelo ensinamento, mais um. Este doloroso serviu para muito. Mais do que possam sequer imaginar.
Grata ao meu Anjo da Guarda!

PS: se por acaso este sucedido foi alvo de alguma praga que me rogaram por favor, imploro para que a dêem por terminada. Certamente que já sofri aquilo que era suposto provocar. grrrrrr detesto saber que posso ter inimigos, pessoas que não me queiram Bem.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Será que ... ???

Confesso que não sou nada desconfiada ... mas dadas as circunstâncias dos últimos dias da minha vida, a questão que por vezes ecoa na minha mente é : Será que ???

E também quem me conhece sabe que eu não sou "piquena" de ficar com dúvidas ou desconfianças a rondar a minha mente.
Como tal, vou tirar a coisa a limpo, que é como quem diz, vou descobrir a essência da coisa. E assim se arruma esta temática, nada simpátia, por sinal!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

14/05/2012

Sem saber porque motivo continuam certas coisas a acontecerem...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sopro d´ Alma

A vida decorre. Por vezes corre, outras vezes vai latejando ao jeito do sabor dos dias...

A alma finalmente serenou-se e tranquilizou-se. Custou-lhe muito esgotar-se nas palavras, mas aconteceu. O momento em que isso aconteceu foi gelado, sem uma pinga de sangue. Como se tivesse secado algo dentro de si ou se tivesse cristalizado o afecto em tom de mágoa e ressentimento. O amargo de boca que lhe ficou custa a passar. As lágrimas que em tempos deslizavam em catadupa paráram de correr, de um dia para o outro, pode mesmo dizer-se que a torneira secou. 
Aquele pedaço de tarde na bilheteira da Fnac do Colombo ficar-lhe-á para sempre, como o momento em que a estalada final tinha de ser recebida. Tonta, ela que imaginou toda empolgada que seria um reencontro engraçado, irem assistir juntos ao concerto do Jorge Palma no Olga Cadaval. Ia oferecer-lhe o bilhete e até achou que ele pudesse ter saudades da companhia dela. Não,  ela não é louca, nem perto disso, um mês antes ele tinha-lhe dito que sim, que tinha saudades dela.
E aquele duro fim de tarde na Fnac do Colombo...
E ela que vinha tão contente por ter estado uma hora antes numa consulta de rotina no dermatologista que lhe disse que os seus sinais estávam todos bem e que não era preciso ir uma vez mais "à faca". É sempre um alívio, para quem passou por um dos mais malignos cancros de pele, o melanoma, com apenas 16 anos, dos frágeis e complicados, que muito contribuíram para que ela fosse aquilo que é hoje.

E a vida tem decorrendo. Ela já não se sente "orfã" dele, nem "coxa" por lhe faltar algo que a ajude na caminhada da vida. Ele, que em termos vendeu-lhe a ideia de que na vida não existem impossíveis e fê-la acreditar que não iria abandoná-la nunca porque o amor a ser, é incondicional. Mas bastaram dois anos depois, certamente repletos de muitas frustações e rodízios ocasionais pela frente para que ele resolvesse adoptar uma postura para com ela, de que é uma pessoa fria, indiferente, gélida de sentimentos e sem nenhuma consideração, educação e simpatia. A forma como ele a tratou da última vez só se faz mesmo a uma rameira que se conheceu numa esquina qualquer da vida. A ela custou-lhe muito viver durante tanto tempo, sentindo que ele foi simultanemente o homem de quem já teve o melhor e o pior. A ela ainda lhe assiste a mágoa de ter ouvido dele as palavras mais incrivelmente sentidas e bonitas e simultânemente as mais cruéis, vulgares e de baixo nível, que alguma vez ouviu de alguém. Foi custoso aceitar esta dualidade. Foi difícil viver nos opostos. Foi de loucos aceitar que o homem que mais gostou dela e o homem de quem ela mais gostou na vida, é o mesmo que mais a desprezou, que menos consideração e estima lhe tem.

E a vida vive-se. E tem-se vivido em paz, em harmonia, em jeito de sarar as magoas de um coração bonito, sincero, gracioso e repleto de Bem.

 E depois acontecem coisas estranhas na vida que a deixam a estremecer e com um tremendo aperto no coração.
Ela está a referir-se às tragédias e bastou-lhe agora saber do desaparecimento trágico e completamente incompreensível, difícil de aceitar, de um dos mais brilhantes compositores e pianistas portugueses, Bernardo Sassetti, para ela parasse por uma vez mais, para pensar na essência e no significado da vida. E é nessas alturas, que os olhos dela ficam rasos de água, que o seu coração começa a bater descompensadamente dentro do medo interior que é a possibilidade de perde-se assim alguém de quem se gosta muito, de um minuto para o outro, sem se ter tido contacto ultimamente, sem se ter tido nos últimos tempos por companhia, sem se ter dito tudo o que está entalado, sem se fazerem pazes e sem se conseguirem reparar magoas passadas. E ela sente medo e sente-se pequena, dentro da grandiosidade que ela é, até porque lá no fundo, ela acredita que um dia destes ele cresce, amadurece por dentro e caí em si, percebendo que há pessoas que tocam as nossas vidas para sempre e que são essas que queremos manter dentro de nós, fazendo parte da nossa vida. E que a vida é uma festa, que deve ser celebrada em concertos, com hinos à dádiva do existir. Que a amizade é o mais nobre sentimento da vida e que devemos estimar e tratar bem quem bem nos quer.

E depois disto escrito ela volta a serenar-se e a focar-se em viver o seu caminho da Verdade que tanto lhe dá, a cada dia que passa. E é em gratidão que vive. E é em aceitação que respira. Mas é também em recompensa que grata acorda e se abraça, a si e ao mundo todos os dias, quando acorda.

E ela disse-lhe que tem pena dele e é verdade e vai continuar a ser assim ... até ao dia em que ele perceba a essência da vida, tal qual ela é... chama-se perdão e chama-se não ter mágoa e são duas coisas que ele ainda não sabe ter em relação a ela.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Palavras da Marta, a minha melhor amiga, a minha hermana do coração!

Sou grata por ter-te como melhor amiga, Marta!
És a minha mariposa, a minha hermana do coração!
És o meu orgulho, maior!
Adoro-te tal e qual como tu és, sem tirar uma vírgula ou acrescentar um ponto!
És incrivelmente única, és preciosa e um ser humano adorável e admirável.
Gosto da tua genuinidade, da tua essência romântica, do teu doce coração e acima de tudo da forma como te entregas à vida.
És a minha confidente.
És a amizade mais pura da minha vida!

Obrigada por estas palavras que ontem tanto me emocionaram.
Amo-te Marta!


«Se feliz contigo, Catarina. Abraça-te de manhã, diz que gostas de ti. Eu sei que tu já fazes tudo isto e eu mais não digo do que aquilo que tu me disseste e que tanto me tem ajudado. Acima de tudo, querida mariposa, sabe que tens sempre em mim uma pessoa que te ama na totalidade, e te aceita, e que te conhece e te adora tal e qual como és.  És tão bonita, Catarina, tão tão forte e independente e eu admiro-te tanto, acho que as vezes não tens noção do impacto das tuas palavras e da tua sabedoria, em mim!»

sábado, 5 de maio de 2012

:(

Acordei assim.

Carregada delas nos meus sempre brilhantes olhos.

O dia foi avançando numa sucessão de imprevistos desagradáveis.

Enervei-me. Serenei-me. E depois tranquilamente mergulhei de cabeça num vazio triste.

Hoje não há nada que me console a alma.

Vou aliviar-me deixando-as sair e vou dormir cedo, até porque o sono retemperador apazigua sempre qualquer alma.

Estou triste. Estou cinzentona.

Estou sem brilho e sem energia.

Estou cansada de lutar e de por vezes ser-me sempre tudo tão dificultado.

Mas se as coisas acontecem, é por uma razão.

Talvez esteja a ser posta à prova. Talvez o Universo me esteja apenas a querer mostrar que por muito custoso que seja determinada coisa, que eu estou lá a tentar superar e resolver da melhor forma.

Acho que sou a resoluta em pessoa. Mas isso cansa. Há alturas em que só quero descansar a minha vida , no peito firme do homem certo, que me guie em modo de piloto automático feliz.

Estou farta de ser eu a ter de tratar de tudo sozinha. É certo que tenho "os ajudas" mas não sempre e da forma mais adequada.

Estou mesmo fartinha de ter de tomar as rédeas "da coisa "sozinha.

Quero a minha chama gémea comigo! Quero o meu semelhante que me está destinado nesta vida! Quero a outra metade de mim!

Quero outro estilo de saborear a vida.

Quero no hoje e no agora, não o quero somente no amanhã.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Dia interno, em modo cinzento e nublado!


Saber o que eu e ele fomos um dia e no que nos tornámos, ainda é algo que me talha a alma em jeito de lamento.

Se no último post terminei a dizer que tinha pena dele, hoje acrescento que tenho mesmo pena é de mim e dele juntos, pena do nós enquanto almas companheiras que tanto se estimavam.

Acho assustador, no mínimo, pensar como é que uma pessoa consegue aniquilar totalmente outra, dentro de si, ao ponto de a reduzir a um mero nada e conseguir traduzir para o exterior através de acções o resultado dessa proeza, desse gélido estado emocional.

Há dias de altos e baixos e hoje acordei na maré de baixo, que é como quem diz, na pena, no lamento e acima de tudo na nostalgia.

Mas não tenho mais palavras sobre a temática em questão. Esgotei-me nas palavras, bem como nas lágrimas. Sinto-me seca, vazia e desvitalizada, sobre este tema. Sinto mesmo que houve uma quebra de pactos entre essas almas companheiras e não sei se algum dia essas almas se vão reencontrar.
Juro que não sei. Por vezes tenho a sensação de que tudo ficará sanado e selado com um forte abraço daqui a uns tempos valentes e voltaremos a ser amigos e espero eu, confidentes. Outras vezes, dou por mim a sentir que tudo ficou irremediavelmente perdido lá atrás e impossível de resgatar ou recuperar o que quer que seja, algum dia.

Mas de nada vale estes pensamentos, até porque o lema sobre este tema é : continuar a viver sem nada esperar.

Amanhã espero acordar num dia radioso de sol e muito colorido, onde o mote é a energia, a alegria de viver no aqui e no agora, a esperança e acima de tudo a Luz, a Paz e o Bem.