Estou em crer que foi lá de cima de uma núvem de algodão doce branquinho onde residia que te avistei pela primeira vez. Andavas de pantufas cor de marfim e trajavas um bibe azul clarinho, com um bordado inglês junto ao peito, onde estava escrito o teu nome. Lindíssimo, por sinal! Lembro-me dos teus olhos azuis carregados de luz, de encantos mil e de uma pureza ímpar, sem igual!
Hoje caminhas nas enceadas da vida, como quem atravessa desertos para ver uma gota de água mesmo que seja de uma lágrima salgada de uma criança só e desprotegida. Vais sempre em busca de ti, ainda que saibas quem és, mas gostas de superar-te, no crescimento pessoal. Para tal buscas incessantemente sonhos mil e outros tantos desafios.
Tratas a vida por tu e sabes bem desligar o essencial de tudo o resto, és atento aos pormenores e tens os olhos do coração bem afinados.
Tanto gostas de sentir as brizas quentes, no teu rosto, aquelas que desfazem as brumas da madrugada, como ao mesmo tempo gostas de sentir-te rendido ao frio glaciar das montanhas mas que apenas gela os ossos e nunca os corações.
Simplesmente sorris, como quem quer abraçar todas as criaturas do mundo e segredas aos deuses pequenos nadas, mas que no fundo estão repletos de grandes tudos
Esperei por um ser, por uma alma como tu e agora cruzámo-nos no caminho um do outro como por magia. Sempre o soube, mas agora confirmei que até então tenho atraido à minha existência contra curvas sem sentido, contigo, confesso-te que gostava que nos "perdessemos" na auto-estrada da Vida!
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