terça-feira, 3 de agosto de 2010

Num dos reencontros foi assim...

As palavras custavam a sair. A voz também saíu embargada, desafinada, abafada e sussurrada. As pernas tremeram desenfreadamente, sem contenção alguma. A garganta estáva seca, inchada, incapaz de deixar passar o que quer que lhe seja sugerido. As lágrimas deslizavam pela face fruto da saudade.A respiração era ofegante, descoordenada, desorganizada e incoerente. O discurso foi ambíguo, mas lúcido apesar de tremulo. O sorriso e o sentido de humor reinaram, apesar de tudo, talvez existissem como escape ou talvez não, como inata essência.
O abraço foi ternurento e carregado de afectos que o tempo não esquece.
O beijo não existiu, mas valeu pelo olhar...meigo, mágico e a transbordar de ternura!

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