Assumo-me assim, como sendo a Ana Catarina, como ser que sou, inteira, complexa, repleta de grandes e ínfimos pormenores, alguns medos interiores, algumas inseguranças, alguns segredos e acima de tudo como uma pessoa com algumas passwords de acesso limitado. Sou como sou, gosto cada vez mais de mim e sei impor-me perante situações que não acrescem de mais valor ou de felicidade para a minha vida. Quando genuinamente sei aquilo que me faz feliz fico “cega”, no sentido assertivo de focar-me no essencial e não há nada nem ninguém que me demova dos meus sonhos. Quando se trata de afectos e de sentimentos, aí tudo se eleva a uma carga superior e a uma forma de sentir, que dificilmente consigo traduzir fidedignamente a alguém, o que por vezes pode ser uma tanto ou quanto frustrante, no mínimo. Sou boa explanadora de sentimentos, e quem me conhece, na essência, vê sempre a verdade no meu olhar, pois os meus olhos são infinitivos espelhos de veracidades absolutas. Nos dias que correm e se traduzem em meses, o sentimento máximo que rege os meus dias, chama-se saudade! Tenho saudades específicas, claramente identificáveis por mim mesma, sentidas de forma ou com intenções diferentes, mas não deixam de ser saudades! Há saudades que me magoam, outras que até me alegram e ainda outras que me enchem de esperança. Tenho saudades tuas ! Tenho saudades dele! Tenho saudades de ser quem fui, profissionalmente, um dia! Mas curiosamente não tenho saudades minhas… tenho-me por inteira, como um todo, sei cada vez mais e melhor quem sou, reconheço-me e recuperei-me. Estou em paz comigo, estou orgulhosa do meu caminho, tenho amor por mim mesma, tenho admiração por ser o ser humano que sou, no fundo estou certamente muito mais próxima da tal Felicidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário