A agradável caminhada de ontem ao final do dia acabou mal. Pois que estava eu a sair do parque de estacionamento sob a praia de Sto. Amaro de Oeiras, quando nisto me apercebo de algo na estrada, provavelmente um gato, nisto pimba dou uma guinada no volante e literalmente aterrei com a roda frontal esquerda em cima de um marcador em forma de meia lua, em betão. Resultado, o pneu ficou-se logo ali. Eu ainda andei uns 3 metros só para ter a certeza ou a esperança de que não tinha acontecido o pior, mas infelizmente, confirmei o pior dos cenários, assim que saí do carro e vejo o rasgão no pneu. É que não foi sequer um furo, foi mesmo um rebentamento. Perante aquele cenário de pânico pois sou daquelas pessoas que não sabe mudar um pneu. Não me parece que seja uma ciência oculta, nem acredito que exigisse de mim um árduo estudo teórico, mas entendamos que não é algo confortável para as unhas e tudo o resto que caracteriza uma pequena princesa…eu! Primeiro pensamento. “Vou ligar-lhe”. Segundo pensamento.” Não sejas parva, nem que estivesses com o carro a arder ele vinha em teu auxílio”. Terceiro pensamento. “Vá está bem, podes enviar-lhe uma sms, just in case”. Posto isto, resolvi colocar a cabeça MESMO a pensar. E tal significa ligar ao meu irmão. O qual responde. “ Eh pá, Catarina, estou em Alcântara, não tens aí ninguém mais perto que te possa ajudar?”. Depois de termos esgotado as hipóteses, o meu irmão lá se lembrou do seguinte. “ Catarina, liga para a assistência em viagem, porque o seguro que nós temos cobre esse tipo de situações”. Bem dito e bem feito, aguardei 40 min dentro do carro à espera do salvador que não iria chegar num cavalo branco, mas sim num reboque. Esperei, esperei até que recebo um telefonema, de uma voz masculina num português com sotaque de Leste: “Estou sim, senhora, sou o gajo do reboque!”. Pensamento imediato: “ Lindo, só me faltava agora um Dimitri a esta hora”. Passados pouco mais de 5 min vejo aprochegar-se do meu carro um reboque. Nisto sai de lá de dentro um rapagão alto, que ainda não deveria ter 30 anos, simplesmente lindo, com um olhão azul, a condizer com a tee-shirt azul que trazia, e um sorriso digno de um modelo Armani, estende-me a mão para me cumprimentar, lança-me um sorriso e pergunta: “ Muito bem, senhora, tem pneu suplente” . Eu respondo alegremente que sim enquanto lhe mostro o dito cujo, que estava na bagageira… sim porque estávamos a falar do pneu do carro e não dos meus, porque desses infelizmente tenho vários, para a troca! Só sei que o rapaz pôs a arte e o engenho em prática e passados 15 min, no máximo, voilá, estava concluído o processo. Obrigado S.” Igor” (achei que era um nome que lhe ficava bem). Encerrado que está mais um acaso de ajuda ” inter-racial”… a saga continua.
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