E se de repente uma ilustre desconhecida lhe disser: “Você é uma boneca!” Não estranhe, não é Impulse ou um outro qualquer “odorizante” a cheirar a rosas pálidas, mas perfumadas, é simplesmente uma apreciação, um reparo e em última instância um desabafo.
Pois foi exactamente isso que hoje me aconteceu na entrada do edifício onde trabalho. Ia eu em passo apressado, pois a minha hora de almoço (contada ao segundo) já estava a descontar à coisa de 10 segundos (o tempo que dista do meu escritório à recepção), quando me cruzo com uma ilustre desconhecida, aloirada, a atirar para o ruivo e com um ar cinquentão de quem está de bem com a vida. Nisto como uma rajada e sem hesitar (qual metralhadora, qual quê?) e solta do seu ego mais profundo esta linda afirmação que vai ficar a ecoar dentro de mim, até ser superada por uma outra qualquer.
- “Você é uma boneca!”
Eu corada até à quinta casa, o que é algo estranho para mim, pois nem sequer o costumo ficar perante homens bem apessoados, na casa dos vinte e muitos, trinta e tal ou quarenta e poucos, respondo timidamente e logo com ar de barbie madeixas (só podia, depois disto!)
- “Ai, obrigada!”
Não contente com a minha resposta, a minha fã (sim, é oficial, o meu clube de fãs está inaugurado por uma mulher e ilustre desconhecida!) em jeito de inquirição, resolve ripostar e solta outra bujarda : _ “Sim!!! Você é uma boneca!! Não me diga que não acha??!!”
Uiu, eu que já só estava desejosa por ser raptada pelo Ken, resolvo sair-me com uma destas: - “Tem dias!”
-Tem dias???? Perguntou a minha ilustre fã já em ponto de rebuçado.
Nisto a malta que estava no primeiro anel, calada até ao momento, resolve manifestar-se com uma gargalhada. Ah, diga-se de passagem, por malta entenda-se, uma vigilante securitas; o rapaz do bar e uma financeira da Tunisair, lindo! Percebi que estavam os três no limiar do: “onde é que está o impresso para prencher para ficar fã do clube?” ou então “coitada da rapariga a ser abordada por esta personagem”.
Eu, não contente com o caldo entornado, ainda reforço a coisa, ainda mexo mais na ferida através desta minha afirmação. – “Sim, tem dias!”
Só vos digo que o que ouvi de seguida foi, no mínimo, um banho de auto estima, um bálsamo para o ego, uma dádiva para os ouvidos, um aconchego para a alma e um infinito de sentimentos que encaixam em almas carentes e a precisar de mimos em forma de SOS.
Agradeci, timidamente e saí com a cabeça entre os ombros e questionei-me:
A ser uma boneca. Que raio de boneca sou?
Uma boneca de trapos? Uma boneca de porcelana? Uma barbie? Uma barriguitas?
Enfim...seja qual for a boneca, de certeza que é uma boneca “superfofinha!”
Pois foi exactamente isso que hoje me aconteceu na entrada do edifício onde trabalho. Ia eu em passo apressado, pois a minha hora de almoço (contada ao segundo) já estava a descontar à coisa de 10 segundos (o tempo que dista do meu escritório à recepção), quando me cruzo com uma ilustre desconhecida, aloirada, a atirar para o ruivo e com um ar cinquentão de quem está de bem com a vida. Nisto como uma rajada e sem hesitar (qual metralhadora, qual quê?) e solta do seu ego mais profundo esta linda afirmação que vai ficar a ecoar dentro de mim, até ser superada por uma outra qualquer.
- “Você é uma boneca!”
Eu corada até à quinta casa, o que é algo estranho para mim, pois nem sequer o costumo ficar perante homens bem apessoados, na casa dos vinte e muitos, trinta e tal ou quarenta e poucos, respondo timidamente e logo com ar de barbie madeixas (só podia, depois disto!)
- “Ai, obrigada!”
Não contente com a minha resposta, a minha fã (sim, é oficial, o meu clube de fãs está inaugurado por uma mulher e ilustre desconhecida!) em jeito de inquirição, resolve ripostar e solta outra bujarda : _ “Sim!!! Você é uma boneca!! Não me diga que não acha??!!”
Uiu, eu que já só estava desejosa por ser raptada pelo Ken, resolvo sair-me com uma destas: - “Tem dias!”
-Tem dias???? Perguntou a minha ilustre fã já em ponto de rebuçado.
Nisto a malta que estava no primeiro anel, calada até ao momento, resolve manifestar-se com uma gargalhada. Ah, diga-se de passagem, por malta entenda-se, uma vigilante securitas; o rapaz do bar e uma financeira da Tunisair, lindo! Percebi que estavam os três no limiar do: “onde é que está o impresso para prencher para ficar fã do clube?” ou então “coitada da rapariga a ser abordada por esta personagem”.
Eu, não contente com o caldo entornado, ainda reforço a coisa, ainda mexo mais na ferida através desta minha afirmação. – “Sim, tem dias!”
Só vos digo que o que ouvi de seguida foi, no mínimo, um banho de auto estima, um bálsamo para o ego, uma dádiva para os ouvidos, um aconchego para a alma e um infinito de sentimentos que encaixam em almas carentes e a precisar de mimos em forma de SOS.
Agradeci, timidamente e saí com a cabeça entre os ombros e questionei-me:
A ser uma boneca. Que raio de boneca sou?
Uma boneca de trapos? Uma boneca de porcelana? Uma barbie? Uma barriguitas?
Enfim...seja qual for a boneca, de certeza que é uma boneca “superfofinha!”
No minimo és uma Matryoshka. Talvez uma Matryoshka de porcelana pintada por uma mão delicada.
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