segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O encerrar de um ciclo!

E depois de uma sucessão de tentativas para perceber o motivo dos teus silêncios e constantes desprezos para com a minha pessoa, ontem dei por terminada esta árdua batalha. Por não me reconhecer naquela pessoa que insiste em entender o outro e persiste em mendigar por migalhas de atenção, dei por encerrado este capítulo.

Foi algo que durou tempo demais. Tive de fazer aquilo que mais vai contra a minha natureza, e que se chama : desistir. Já não aguento mais este consumir de alma. Ninguém merece.

Vou entregar ao Universo e viver o desapego no seu esplendor.

Pedi-te apenas que me recordes sempre como alguém de Bem, como uma princesa de luz a quem um dia disseste: “Catarina, tens um coração do tamanho do mundo”!


Fica aqui este post em jeito de memória...


Hoje, passado que está este tempo todo ainda se confundem cá dentro, no mais ínfimo e profundo recanto de mim, os sentimentos que nutro por ti. E essa sensação se por um lado alarma os ânimos uns dias, noutros porém alimenta a alma em jeito de pequenos sorvos de paixão que me fazem suspirar, vezes sem conta por dia.
Ao fim deste tempo todo, ainda me inspiras, ainda talhas os meus sonhos de menina.
Não sei porque motivo tamanho sentimento é tão difuso de decifrar para mim. Já fui muitíssimas vezes rasteada por mim mesma, e caí em todas elas. Reergui-me dias depois, mas sempre que há uma queda, esta é sempre acompanhada por um sentimento de perda, como que se estivessem a arrancar de mim, algo que é meu, algo que me pertence, quase ao jeito de órgão vital essencial à vida.
A verdade é só uma, preciso de ti, seja em que condição for.
Já me cansei de mim mesma, no sentido de me armar em “Maria que sabe sempre tudo”, pois desde que tu vieste à minha vida e revolveste tudo o que até então estava consolidado em mim, que sou outra pessoa. Existe claramente uma Catarina antes de ti e uma Catarina depois de ti.
Hoje questiono a minha forma de sentir, como sinto, com mais frequência e de certo modo viste e apaziguaste-me a alma, pois não há descanso mais absoluto do mundo do que descobrir que se tem por alguém um amor que é incondicional. E o meu amor por ti é assim. Sem condições que delimitem a fronteira de dois seres que pelos vistos não foram talhados para serem os melhores amantes, mas são seguramente almas companheiras de vida. São seres cúmplices e repletos de empatias que não se explicam, apenas se sentiram no preciso segundo em que estas duas almas se reencontraram, nesta dimensão, mas com memórias de outras dimensões.
Eu e tu reencontramo-nos e eu sou tão grata por tal. Foi seguramente um dos momentos mais mágicos da minha vida. Senti que te conhecia desde sempre. Não estranhei o teu cumprimento em jeito de aperto de mão, nem o teu perfume, muito menos a forma desenvolta como falaste comigo e a cumplicidade que se sentiu naquele simpático “metro quadrado” em que nos conhecemos. Apaixonei-me pelo ser humano que tu és, naquele momento, prendeste-me a ti num ápice. Fiquei tua fã confessa, quando te fui descobrindo através de prosas que escrevias e publicavas algures. Nos entretantos, resolveste acabar com esse local fantástico onde eu te bebia e com muita pena minha. Hoje não sei se desde então tens continuado a escrever ou se foi só algo que vivenciaste com muita intensidade e que depois largaste de vez, como em quase tudo na tua vida. É esse o teu registo e não há nada a fazer. É essa a tua natureza. A tua essência. E eu há muito que aprendi a aceitar-te, por muito que estique a corda na maior parte das vezes, mas não é por não aceitar, e sim por não conseguir sequer entender porque motivo me fazes determinadas coisas.

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