domingo, 9 de janeiro de 2011

Voltei aqui porque tinha saudades minhas!

Pode até parecer que não mereço nenhuma credibilidade como pessoa, que não tenho palavra e que posso ser uma daquelas pessoas para quem o que é verdade hoje, amanhã já é mentira. Mas não! Não sou nada disso! Sou apenas uma pessoa que finalmente percebeu que " o cú não tem a ver com as calças". Logo, não fazia sentido acabar com o meu blogue, só porque o seu criador saiu em definitivo da minha vida, do meu coração, embora permaneça na minha alma.
Voltei aqui porque tinha saudades minhas! Nem sei bem o que me apetece escrever, só sei que me apetecia voltar ao " ou eu não me chamo catarina maria" simplesmente porque me faz sentir bem. E esse é o mote! Esse é o lema! Esse é o fundamento principal pelo qual rego a minha vida! Sentir-me bem, comigo mesma!
Os últimos meses têm sido um permanente desassossego, e garanto que não têm contornos semelhantes aos do filme do João Botelho. Tenho andado em permanente alvoroço devido as mudanças inesperadas e nada favoráveis à minha condição profissional.
Mas como dos fracos não reza a história, resolvi não me deixar abater pelas vicissitudes da vida, e encarar a coisa como algo perfeitamente normal que acontece a várias pessoas na vida, logo poderia também vir a acontecer-me a mim, porque não sou nenhum ser agraciado por nenhum Deus especial e porque não tenho nenhum escudo altamente protector contra pessoas mal formadas, repletas de falsidades e inconsequentes.
Bem o que é certo é que aconteceu. E agora só tenho mesmo que continuar a tomar o leme do meu barco e continuar a dar -lhe a devida atenção que ele assim o mereçe.
Senti-me muito perdida e durante muitos muitos dias. Naveguei sempre com o "canto gregoriano" prestes a saltar cá para fora, controci-me com dores, esperneei de tédio, reagi às provocações e nunca acatei faltas de consideração ou de desprimor por mim mesma. E depois, de ter ajudado a que tudo terminasse, respirei de alívio, deixei que a tensão acumulada saísse devagarinho do meu corpo, lambi as feridas abertas na alma, apaziguei o coração e enchi-me de esperança de um futuro melhor. Porque eu o mereço!
Simultaneamente ao momento que ditou o fim daquele estúpido calvário, que teria sido completamente desnecessário se eu não tivesse sido precipitada e impulsiva ( as duas lições de vida a retirar do episódio em questão) iniciei um novo desafio, um novo capítulo, uma outra forma de abordar o mundo.
Ando entretida a viver no mundo do "faz de conta", do "era uma vez" e sinto-me bem mais feliz por o estar a fazer. Admito que tem sido altamente cansativo, mas muitíssimo enriquecedor e um optimo estágio para o arranque daquele que um dia será "o sonho" concretizado. A minha perspicácia está em alta, o meu poder de absorção e de observação está nos seus melhores dias e como tal só tenho colhido os melhores frutos por estar a ter esta experiência. Estou muitíssimo orgulhosa de mim e sinto-o a cada momento que passa. Tenho feito amigos leais, que têm sempre um sorriso sincero para me dar. Os meus cabelos têm recebido as mais carinhosas festinhas e durante tempo indeterminado, tenho ouvido as histórias mais engraçadas e as confissões mais superfofinhas que algum dia ouvi na vida. Tenho brincado a coisas simples e tenho conseguido arrancar as gargalhadas mais genuínas que algum dia vi a alguem ter.Tenho tido a criatividade suficiente para responder as questões mais improváveis que algum dia me fizeram. Tenho dado o mais carinhoso dos colos e os beijinhos mais ternurentos e afectuosos de sempre. E isso tem ajudado no processo de cura.
Como tal este post é dedicado aos meus mais recentes amigos: Maria Duarte, Luísa, João Carlos, Catarina, Beatriz, Rafael, Bia, Joãozinho, Rui, Santiago, Leonor, Diogo, Maria Vicente, Maria, Inês, Madalena e Pedro.

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