sexta-feira, 30 de março de 2012

Eu por cá !

De todas as vezes que paro para pensar mais a sério em tudo aquilo que ganhei desde que estou a fazer o caminho da Verdade só consigo sentir um profundo orgulho em mim e uma imensa gratidão. Esse estado de ser-se grata a mim mesma é uma dádiva que não está ao alcance de ser entendida por todos, infelizmente. Depois sou imensamente grata às pessoas especiais que tenho vindo a atrair à minha vida em jeito de princesas e príncipes de luz que me auxiliam no percurso desta caminhada, criando em mim cordões de luz dourada em jeito de abraços ternos e genuínos e de sábias palavras, carregadas de luz e Bem.
O percurso tem inevitavelmente as suas consequências que para umas pessoas são sentidas como decepções, como mágoas e até como interpretações menos bem conseguidas em relação à minha pessoa. Mas eu me não importo. E dar a liberdade ao outro de sentir como bem sentem é do melhor que se pode fazer ao outro. Libertar as pessoas. Deixá-las agirem em congruência com aquilo que sentem e não fazer sequer nada por tentar reparar algo em jeito de “não fiques a achar isso de mim, pois não é bem assim como estás a colocar as coisas”. Há muito que me deixei de andar a reparar tudo e todos. Se é que assim se pode considerar.
Ao ler há poucos minutos um parágrafo que foi escrito para mim, veio-o à memória uma outra pessoa. E pensei que há uns largos meses que percebi de que nada nos vale sermos nós próprios, sermos pessoas completamente genuínas e amigas quando há quem não nos entende, de todo. Até porque de um dia para o outro, alguém que tínhamos em consideração e amizade, nos puxa o tapete de uma forma que se eu lhe tomasse a deixa, pegasse nas minhas perninhas e fosse tentar ter uma conversa com essa pessoa debatendo esse aspecto em particular e outros consequentemente envolventes daria asneira, na certa, pois não estamos todos a fazer o mesmo caminho da Verdade. Ao invés disso deixei a vida correr e limitei-me a ouvir o meu coração, a minha forte intuição e a juntar peças de um puzzle. Conclusão. Essa pessoa está a léguas de distância de saber sequer quem eu sou e como tal há que deixá-la lá atrás, pois não faz certamente parte da minha caminhada.
Outros meses ainda mais largos, também me deparei com algo que estava longe de imaginar sentir na pele. Essa pessoa já tinha o direito de me conhecer melhor pois partilhámo-nos na exaustão durante vários anos e longe de mim achar que passado um tempo de quebra na nossa amizade, quando a reencontrei me iria deparar com uma pessoa fria, calculista, desconfiada, com a mania da perseguição e acima de tudo com uma arrogância capaz de me fazer pôr a milhas de distância após um jantar e uns quantos emails trocados e completamente destrocados.
Felizmente que sei arquivar as pessoas com carinho, sem mágoas e sem ressentimentos, porque sou uma pessoa que vive na base da aceitação e da gratidão e sou bem formada de coração, de educação e de afectos. Quem me conhece genuinamente sabe que quando sinto, sinto mesmo à séria e quando deixo de sentir não há mesmo nada a fazer para inverter esse cenário. Sou uma pessoa verdadeira. Tenho uma alma facilíssima de decifrar e não tenho truques, nem faço uso de recursos rabiscados para chegar onde eventualmente possa querer chegar. Deixo isso para os outros. Sei que no entanto posso vir a confundir algumas pessoas, mas isso já se deve a outros quinhentos que eu sei quais são e que não me apetece expor aqui, ainda que isto seja um local onde gosto de ser eu própria, não há necessidade de transbordar mais o copo.
Tenho ganho mais do que aquilo que tenho perdido. E essa é a maior gratidão que pode haver. Até porque os ganhos, são verdadeiros e francamente benéficos para alimentar de paz, harmonia e de amor o meu coração. Sinto-me uma pessoa abençoada e até nas minhas imperfeições consigo encontrar ganhos que outrora não tinha a sensibilidade espiritual suficiente para os atingir.

Estou de bem com a vida!

Agora só me falta estar de bem com amor, com o verdadeiro amor e deixar aquele, que ainda que seja incondicional teima em não me querer seja em que condição for.

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