quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A lâmpada

Depois de demorar sensivelmente 1 hora do aeroporto a casa, isto porque, alguem ficou de me ensinar um caminho alternativo para fugir à 2ª circular e ainda não o fez, lembrei-me que tinha de ir comprar uma lâmpada para a cozinha. A outra havia sucumbido para a vida, ontem, a poucos minutos de eu me atirar aos tachos. Ora eu que já não abono ser dotada de jeito para essa fantástica arte, imagine-se a coisa, à luz da dita cuja sumidinha proveniente do exaustor, que é tempo da maria cachucha.
Hesitei na escolha entre os dois supermercados disponíveis no quarteirão e acabei por me decidir pelo Feira Nova, pois hoje estou a sentir-me particularmente castiça!!! E quando assim é, o destino passa pelo Feira Nova, um submundo dentro do universo dos hipermercados. Lá é que se encontra de tudo!!E ao domingo de manhã é quando o dito cujo atinge o pico, o auge, o climax com a invasão das famílias cujo agregado familiar ronda os 5 elementos e todos de fato de treino e ténis a empurar o desgraçado do carrinho de compras. Que depois não devolvem no devido local, sendo o mesmo literalmente abandonado já nas imediações das casas destes grandes larapios de estruturas metálicas com rodas.
Focalizei-me no objectivo e atirei-me com toda a confiança para a secção das lâmpadas. Depois de 5 longos minutos a olhar para aquela diversidade de casquilhos, watts e formatos, lembrei-me que tinha na mala, a dita cuja que havia sucumbido. Saltou de imediato para servir de modelo. Bolas pá! para além de não haver a mesma marca, não havia exactamente nenhma igual, só parecida. Nisto começo a ficar impaciente e começo a emitir pequenos sinais de "please help me", ou seja, começo a "bufar" e a olhar para os lados, a ver se alguem percebe que estou em apuros.
Há sempre um senhor simpático na casa dos 60 que está ali para dar uma preciosa ajuda...e hoje não podia ser excepção! Confrontei-o com uma lâmpada philips e a que havia sucumbido e garantiu-se serem familiares. Convencida, lá vim de caminhar firme em direcção à caixa.
Chegada a casa, atirei com a mala para cima do sofá, montei-me em cima de uma cadeira, mas primeiro desliguei o quadro, não fosse a vida pregar-me uma partida e depois disto tudo, não assistir ao acto do "fazer-se luz" e atarrachei a dita cuja com confiança. Desci da cadeira, liguei o quadro e Plim!!!
Pensei, agora sim, já tenho condições para trabalhar nesta cozinha. O curioso é que hoje para acabar bem a noite e porque me sinto castiça, vou só comer uma sopa, uma sandes de presunto e beber um copo de três.

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