sábado, 3 de dezembro de 2011

A fisgada do homem dos olhos do coração!

Tenho andado em modo de "recolhimento" porque os últimos acontecimentos assim ditaram essa necessidade.

Há já alguns dias que aguardo que me "caía a ficha" no sentido de ter apetência ou predisposição para conseguir escrever uma linha que seja, mas tal não tem acontecido.

Preferia escrever que já tomei o caminho da reconciliação interior com ele, mas tal ainda não aconteceu. No entanto, tenho sido a contorcionista de serviço, que já se dobrou sobre si mesma assumindo várias posições. Tudo isto numa tentativa vã de conseguir tentar colocar-se no lugar do outro e conseguir entender o porquê daquele email ter assumido aquela forma, aquele conteúdo e aquele tom.

Mas não consigo.

Confunde-me a alma sentir que logo ele, conhecendo a imensidão da minha alma, conhecendo a sensibilidade que me caracteriza, sabendo ele que sou especial, grandiosa e única como conseguiu escrever algo, de tal forma que me conseguiu reduzir a tão pouco? Foram meia dúzia de linhas de palavras carregadas de frieza cordial, socialmente correcta e muitíssimo claras na intenção formal como foram atiradas cá para fora.

Honestamente ainda só reside em mim um tremendo vazio emocional. Como que se todo o investimento emocional tivesse sido deitado por terra, naquele momento em que li cada fisgada na alma, sob a forma de palavras escritas que me gelaram toda, naquele momento e nos seguintes também.

O acontecimento serviu porém, para que eu conseguisse encerrar o último ciclo que faltava. E se calhar ainda um dia lhe vou agradecer, mas apenas e tão somente, se partir dele a vontade em me contactar, em me querer voltar a sintonizar com as nossas almas, aí talvez lhe agradeça tal acto.

Mas neste momento, ainda não consigo agradecer-lhe, nem tão pouco dizer-lhe que tudo aquilo que vivemos já foi tão bom e que já fico tão agradecida por aquilo que passámos e partilhámos.

Porém, espero que não demore muito até chegar a esse estado. Neste momento, sinto-me abençoada por estar finalmente a viver o "Caminho da Verdade". O caminho onde não existe espaço para histórias da carochinha, não existem principes em cavalos brancos, nem sapos que depois de beijados viram principes. Neste mundo da verdade só existe espaço para sermos nós mesmos, para estarmos conectados com a terra e acima de tudo sintonizados com o nosso coração.

De tudo, o que custa demais foi por ter sido quem foi. Foi por ter sido um cúmplice. Foi por ter sido com um pacto de vida tão bonito.Foi por ter vindo de uma pessoa tão grandiosamente especial, mas que neste caso em concreto, apenas posso realçar o que a S. me disse no momento em que partilhei com ela a recepção do dito email. «Catarina, é caso para dizer que as pessoas Grandes também conseguem ser muito pequeninas, às vezes».

Gostaria muito que ele tivesse escolhido outra forma para me pedir aquilo que traduziu nas cruas palavras. Saberia certamente respeitá-lo em toda a sua imensidão.

Por agora só quero recompôr-me emocionalmente. O tempo é de limpar as lágrimas da alma e acima de tudo de apaziguar-me interiormente. E mais do que tudo, de estar comigo mesma centrada em mim, na minha caminhada e na minha imensidão energética.

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