quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Navegares...

Quem me dera saber em que águas me encontro neste momento...
Que águas são estas que agitam o meu navegar, que me embalam os dias e que tormentas terei ainda que atravessar?
Que nós de marinheira destemida faltam ainda para desatar?
Sei que navego entre dois mares, ao sabor de correntes e de algumas tempestades...
Sou uma caravela armada, mas sem vela.
Sou, no limite, uma traineira atarefada no meio da labuta diária de trazer para terra raía miúda, que é como quem diz, faneca, carapau e sardinha.
Almejo ser um dia um veleiro branco, pontiagudo, delineado por uma fina lista de um azul escuro esbatido pelo sal da vida e com um mastro estável e firme.
Quero sentir os cabelos soltos ao vento, ondulados pela brisa salgada e pelos pingos que respingam das águas quentes de sudeste.
Quero ser o "homem do leme", aquele que já nada teme...

1 comentário:

  1. Como me identifiquei com estes sentimentos. Expressam aquilo que sinto e que não conseguiria melhor dizer. Beijinho Xana

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