quarta-feira, 29 de junho de 2011

J. - "Hino a uma forma de amor "

Se há dias preciosamente importantes em que um determinado evento faz a diferença, ontem foi um desses dias. Estava mesmo a precisar da tão sempre desejada sessão de cura energética.
Falou-se de aspectos tão profundos, de análises tão interessantes e acima de tudo desdobrou-se a fronha da almofada que quando é para falar do assunto “J.” está especialmente bem desdobrada.
Foi muitíssimo importante ouvir da minha querida S. a mensagem confortante e tão verdadeira, que reza o seguinte: “há pessoas na nossa vida de quem vamos gostar muito para sempre”!
E é efectivamente uma verdade absoluta, contra a qual não podemos nem tão pouco devemos lutar, mas sim aceitar. Eu sou feliz só por sentir que adoro incondicionalmente o J. E a verdade é essa e não quero fazer nada para que isso deixe de acontecer, porque eu adoro-o.
Sei que fomos rasteados pela vida que não nos deixou ficar juntos como casal, mas quero muito acreditar que se a vida não nos une como marido e mulher, nos possa unir como amigos, até mais do que isso, como “compinchas “, como almas companheiras, como confidentes. Não sei se passada a turbulência que existiu entre nós e que deu lugar a um silêncio profundo e a um afastamento atroz que me dói mesmo na alma, muitas vezes até dói fisicamente falando, se conseguimos eu e o J. emergir das cinzas ou se estamos condenados a não sermos mais nada a não ser um baú de memórias, de um passado que já não vai voltar.
Sei que vou sempre, mas mesmo sempre gostar dele de uma forma tão especial nunca outrora sentida por outra pessoa, porque foi com ele que se deu a mudança … existe mesmo uma “Catarina antes do J.” e uma “Catarina depois do J.”
Ter descoberto que sinto pelo J. esta forma de amor tão especial é algo que por si só me deixa feliz, só pelo simples facto dele existir. Sei que um dia vou amar alguém que seja mesmo a outra metade de mim, mas também sei que o meu imenso coração contempla várias formas e estados de sentir, várias pessoas, até porque a amizade é quanto a mim o mais nobre dos sentimentos, a mais nobre das formas de amor.
Do J. tenho saudades, todos os dias.
Tenho saudades da personalidade desconcertante dele, da força da natureza que todo ele é, no seu todo; tenho saudades de o ver comer frutos secos como se não houvesse amanhã; tenho saudades de o ouvir a imitar o Sid da Idade do Gelo; tenho saudades de o ouvir cantar; tenho saudades de o ouvir a rir; tenho saudades de lhe dar beijinhos carinhosos nas bochechas generosas e de lhe fazer festinhas no cabelo enquanto ele descansa no meu colo; tenho saudades de lhe desfazer as fibroses e suavizar os tornozelos cansados; tenho saudades de lhe dar abraços demorados; tenho saudades de perder os meus olhos nos dele, enquanto jantamos; tenho saudades de sentir a barba rija dele nas pontas dos meus dedos; tenho saudades de lhe dar a mão e simplesmente caminhar; tenho saudades de o ouvir chamar-me “superfofinha”, “querida”, psycho pequenina”…

E o J. será que tem saudades? De uma coisinha que quer que seja ?


(ás minhas amigas que lerem este post e lhes saltarem a tampa, ao invés de deixarem um comentário escrito, limitem-se a sorrir e a pedir que a vida seja tudo aquilo que eu desejo, sabendo elas que eu só desejo fazer alguém feliz e ser feliz porque esse alguém também me fará feliz.
Mas hoje estava a precisar de dar este desabafo, tranquillas, vale? )

3 comentários:

  1. Patrícia, já sabia que ias escrever algo ... é mais forte do que tu! Obrigada pelo conteúdo da segunda :) sei que sorriste e desejaste o melhor para mim! :)

    Beijinhos!

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