segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ensaios

Agora é oficial, estou em contagem decrescente.
Finalmente que já só falta uma semana para ir de férias.
Estou claramente a acusar um cansaço tal que não sei o que seria de mim se demorasse mais a chegada das férias. Ando todos os dias cansada e os fins de semana não têm chegado para repor as energias, apesar de os ter passado na minha casa de campo, parece que há uma parte em mim que não consegue descansar.
Do cansaço aparento claramente um estado meio apático, mas interiormente estou num alvoroço que só vendo. Ando a pressionar-me em demasia, eu sei que ando. E isso não é nada bom para mim, mas nem tudo ainda consigo controlar. Preciso de conseguir apaziguar-me, tranquilizar-me no espírito que anda sempre tão desejoso de uma mudança. Ando desiludida com a minha vida profissional que definitivamente não passa pela área onde tenho vindo a ganhar experiência. Não quero pertencer mais a empresas, não quero continuar no ramo dos “ursos humanos”. Felizmente sei o que quero e é por essa certeza de que vou ser capaz, que cá continuo nesta travessia que certamente me trará, no futuro, outros ganhos. Vou construindo este castelo interior e sei que este calo que estou a ganhar ao recrutar e gerir pessoas vai ser fulcral, para o meu objectivo, para o meu sonho único, em termos profissionais. Sinto que estou a fazer a caminhada, esta é uma etapa e assim que for possível vou atingir a meta e acima de tudo, realizar o sonho.
Conheço cada vez mais a minha essência, mas tenho andado a ser menos boa para mim. Mereço tratar-me mais e melhor, dos pés à cabeça, do corpo à alma e acima de tudo, no coração. Quero aliviar-me, aligeirar as pressões e preocupações constantes, quero descontrair-me, relaxar-me, respirar a todos os tempos ao invés de ter a respiração presa a três quartos.
Tenho de aprender a dançar à chuva! Acreditar sempre, mas mesmo sempre que as trovoadas nunca são eternas e que depois de um dia nebuloso, chuvoso e cinzentão, há sempre, mas mesmo sempre, um dia radioso de sol, de céu limpo e de temperatura amenamente quente, como eu gosto.
E assim será com os afectos, com os amores, com os homens.
De nada me vale debater-me com as frases de súplica que escrevo ao tal salvador do meu reino emocional. O que há de chegar. O que há de vir. Não vou mais pedir que não demore muito até vir até mim. Ele virá quando tiver que ser. Quando ambos estivermos genuinamente preparados para nos recebermos mutuamente. Certamente que andamos ambos em caminhadas distintas, mas com o mesmo propósito. Haveremos de encontrarmo-nos. A vida tem esse condão. O de nos juntar. Quando for. Quando tiver de ser. Quando fizer o verdadeiro sentido para que tal aconteça.
Vou desligar-me do assunto “tempo”. Sinto a maior parte das vezes que eu sou um temporizador em pessoa. Estou sempre a cronometrar-me, a mim e à vida. Chegando sempre à conclusão de que posso não vir a ter tempo para conseguir tudo aquilo que mais desejo. Um dia alguém disse-me: « o tempo não existe!» E a partir de hoje essa vai ser a minha máxima de vida. Para não me sufocar com os prazos pré estipulados que interiormente concedo e que só me causam ansiedade e nada mais do que isso. De todos os tempos interiores, o único que me causa mesmo desconforto, tem a ver com o relógio biológico. Calma! Esse meu lado acentuado pela certeza de que a maternidade é mesmo só o grande propósito da minha vinda ao mundo, vai certamente trazer frutos. A seu tempo. Vai haver tempo para concretizar o sonho maior de ser mãe.




Respira. Descontrai. Vive. Usufrui. Aproveita.

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