segunda-feira, 28 de maio de 2012

No aqui e no agora, sente-se assim !


Aquilo “que foi” ficou mesmo lá atrás. Ficou preso ao passado. Cada dia mais me convenço que por mais que queiramos algo, esse algo só nos será concedido se  acrescentar algo de significativo e importante à nossa vida. Se for para nos fazer feliz. Caso contrário, não vamos certamente atrair algo que nos faz mal, algo que nos prejudica, algo que não acrescenta mais nada ao nosso ser.
E depois de muitas cabeçadas no vazio, depois de muitas lágrimas incrivelmente sentidas e pesadamente derramadas, apercebi-me finalmente que como em tudo na vida, tudo tem o seu tempo, tudo tem o seu momento de existir, tudo tem o seu significado naquela fase em particular da vida.
E é ao respeitar as memórias do passado, sem as querermos fazer perpetuar para o presente e muito menos para o futuro, que crescemos e que cá dentro se abre um imenso portal de luz branca e dourada que nos conduzirá pela “passadeira vermelha”, à felicidade. A plena e absoluta, a suprema e mais do que desejada.
Nessa caminhada não há espaço para enganos, nem para mágoas ou ressentimentos, não há espaço para quem não nos quer bem, para quem não nos trata como merecemos. Não há lugar para fardos às costas que só atrapalham o processo de regeneração e de renascimento do coração afectivo, aquele no qual se encontram as nossas emoções mais profundas.
O passado existe para nos lembrarmos de que o hoje é seguramente algo muito mais precioso. E há que recordar o passado sem nostalgias, nem mágoas, mas sim com uma atitude positiva de superação, de aprendizagem e de crescimento. Sei que é um exercício poderoso que devemos preservar, acima de tudo. Contudo, temos que saber esperar pelo tempo certo em que  já conseguimos mergulhar no passado sem dor dolorosa e especialmente sem recaídas.
Há que primeiramente ser capaz de se interiorizar tudo com a voz da verdade. Há que esperar pelo momento em que algo secou cá dentro, em que algo se cristalizou. Há que esperar pelo momento em que a libertação toma o lugar do vazio. E é em liberdade que somos felizes e em gratidão e aceitação que fazemos o Caminho da Verdade.

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