segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os dias duros ...


Fui atropelada por uma catadupa de emoções vai fazer amanhã quinze longos dias. Parei no tempo. Foquei-me única e exclusivamente naquilo que me estava ( e ainda está ) a acontecer e perdi a noção do resto. Vivi momentos de dor com a intensidade mais elevada de toda a minha vida. Ainda assim mantive-me sempre incrivelmente serena e sem uma pontinha de ansiedade que poderia francamente despoletar, num momento, como este.
Quando foi preciso tive sangue frio para reagir, para saber tratar de mim. Afinal de contas nos dois momentos mais difíceis estava sozinha. Muitas dores foram ao limite do que havia até então sentido. Nunca pensei que a dor física fosse algo tão insuportavelmente complicado de se aguentar. E eu que aguento tão bem a dor física.
 Parei no tempo, no espaço, na vida. Fiquei refém de analgésicos como se de uma adicta me tratasse. Tenho plena consciência que a forma como os engolia com um trago ora de água ora de leite morno reflectia o desespero em que estava.
 Fiquei com pena minha, lamentei tamanho azar e acima de tudo tentei reconfortar-me quando o desespero apertava o meu coração.
 E no decorrer dos dias mais difíceis sinto que cresci, sinto que me fortaleci perante a adversidade e que apesar de me estar a sentir pessimamente mal, desorientada e desesperada ainda consegui manter a calma. Não chorei um único dia. Não chorei movida por sentimento algum. Senti que fiz um esforço de contenção para não abrir a torneira, pois no meio do turbilhão esta foi a forma que encontrei para manter algum equilíbrio dentro do meu ser. Desatei num pranto ao décimo dia. Solucei. Chorei copiosamente. Chorei de pena, de arrependimento, de lamento e acima de tudo de solidão e desamparo. Senti-me incrivelmente sozinha durante este processo. Questionei a sua existência, o seu propósito. Pensei de uma forma orientada. Pensei noutras completamente desorientadas. Tive medo, terror e pânico.
Liguei o piloto semi automático e lá me arrastava para o trabalho, não sei bem como. Houve um dia em que não consegui mesmo ir trabalhar, estava na minha exaustão de dor.
Agora pergunto tão simplesmente quando é que vou ficar bem? Quando vou recuperara a minha qualidade de vida?
Grata ao Universo pelo ensinamento, mais um. Este doloroso serviu para muito. Mais do que possam sequer imaginar.
Grata ao meu Anjo da Guarda!

PS: se por acaso este sucedido foi alvo de alguma praga que me rogaram por favor, imploro para que a dêem por terminada. Certamente que já sofri aquilo que era suposto provocar. grrrrrr detesto saber que posso ter inimigos, pessoas que não me queiram Bem.

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