sexta-feira, 22 de julho de 2011

Só eu sei ...

Estou a deixá-lo sair de dentro de mim, finalmente!
O processo não é nada agradável de se sentir, mexe com cada partícula do meu corpo e sinto-o a sair por cada poro. Nunca, nada havia sido como tal.
Os sentimentos tidos e especialmente sentidos não estão a ser fáceis de controlar. Sinto-me ansiosa interiormente, em alvoroço constante e dói-me a alma, como se me estivessem a arrancar algo de mim. Tudo isto vai passar e vai dar lugar a uma tremenda paz, a um estado sereno, de profundo alívio e leveza. Eu sei que vai! E é por saber, que aceito o panorama menos feliz do momento actual.
Sinto-lhe a falta, mas ao mesmo tempo, agora só de pensar na presença dele causa-me taquicardias e ansiedade. Não lhe tenho mágoa, nem dor, nem desilusão. Tudo isso foi devidamente aceite, compreendido e desculpado no tempo certo. Contudo, acho que de tudo fica o lamento e a pena. Além de andar sempre em cuidados para com ele. Há em mim um profundo estado de protecção para com ele. Um sentimento quase maternal, para ser sincera. Se pudesse andava sempre em frente dele para o desviar dos caminhos menos bons, dos atalhos maus, das contracurvas que lhe vão fazer mal e acima de tudo desviá-lo das pessoas que não lhe vão ser benéficas para a alma.
Sinto-me cansada, no seu todo, como se estivesse a acusar um desgaste após a sua passagem na minha vida. Embora queira muito que consiga permanecer, um dia, como meu amigo. Agora a grande diferença é que já acho que não seria capaz de descansar o meu corpo no colo dele, porque ele não me traria decerto tranquilidade e apaziguamento. Não sei se teria esse cuidado para comigo. Ele é demasiado impulsivo, desenfreado, instável emocionalmente, frenético, limítrofe, exagerado, agitado, extremista. E eu não sei lidar com isso.
Só quero que este tempo necessário passe e que eu possa reerguer-me mais forte e sem sequelas de maior. Sinto-me abalada por um tsunami ou por um furacão que causou uma devastação emocional em mim. Logo eu que aquilo que mais quero é descansar no colo de uma alma boa, do Bem, genuína, repleta de luz e acima de tudo que consiga ver tudo com os olhos do coração.

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